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59% das mulheres piauienses são agredidas dentro de casa

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O mapa da violência no Piauí faz das mulheres do estado não apenas um sexo frágil, mas as principais vítimas de relações domésticas conturbadas.

Uma pesquisa divulgada no início da semana pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revela que além das agressões físicas, 59% das mulheres também são violentadas no âmbito de suas relações domésticas. Mas não para por aí. Os dados também revelam que os agressores e violadores são maridos, ex-maridos ou parentes próximos às vítimas.

Em termos de ranking, o Piauí só perde nestas tristes estatísticas para Sergipe e Tocantins.

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Tristes estatísticas
Tristes estatísticas

Último lugar

A pesquisa revela ainda aspectos positivos do estado. O Piauí é o último estado da federação em número de homicídios femininos, com apenas 2, 5 mil casos para cada 100 mil mulheres.

Por outro lado, o combate à violência doméstica não anda afinado com regiões desenvolvidas do país. Enquanto no Distrito Federal, por exemplo, 10 Juizados e Varas cuidam exclusivamente de casos de violência doméstica ou familiar, em grande parte dos estados do Nordeste, entre eles o Piauí, existe apenas um Juizado/Vara destinados exclusivamente a esse fim.

Último lugar no ranking de homicídios
Último lugar no ranking de homicídios

Descentralização

Uma alternativa para a descentralização do sistema judicial, que atualmente se concentra em Teresina, seria a instalação de varas com competências exclusivas em Picos e Parnaíba “a fim de promover a interiorização e ampliação do sistema”.

“A expansão da estrutura judicial para essa região mostra-se importante não apenas pelos indicadores apresentados, mas também por estar distante pouco mais de 300 quilômetros a sudeste do município em relação a Teresina, que, por sua vez, ocupa localização equidistante entre Parnaíba e Picos.”

O levantamento do CNJ foi feito por intermédio da Comissão de Acesso à Justiça e Cidadania e do Departamento de Pesquisas Judiciárias. A pesquisa tomou como base o Mapa da Violência (2012) e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Foram analisados dados quantitativos sobre número de homicídios e índice de agressões, observando-se o recorte geográfico e temporal, bem como o tipo de relação do autor com a mulher em situação de violência.

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