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Acusado de matar Cabo Daniel é ouvido em audiência de instrução

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Sob o comando da juíza titular da 5ª Vara da Comarca de Picos, Nilcimar Rodrigues de Araújo Carvalho, foi realizada na tarde de dessa quinta-feira (28), no Fórum de Picos, a Audiência de Instrução e Julgamento da morte do cabo da Polícia Militar Daniel Marcos Ferreira da Silva. O policial foi morto a tiros no dia 11 de maio de 2017, aos 48 anos, na sede do Grupamento da PM de Paquetá do Piauí.

Na primeira audiência foram ouvidas seis testemunhas de acusação, três testemunhas de defesa e o réu Wagner Bezerra Lima, denunciado pelo assassinato do cabo.

Wagner Bezerra Lima, denunciado pelo assassinato do cabo Daniel- Foto: Romário Mendes

A audiência teve início por volta de meio-dia e meia e terminou pouco mais das 17h com o depoimento de Wagner. O réu e as testemunhas foram ouvidos na sala de audiências da 5ª Vara, localizada no Fórum.

Em entrevista à imprensa, o promotor Sebastião Jackson Santos Borges informou que Wagner está sendo acusado pelos crimes de homicídio qualificado, furto e porte ilegal de arma. “Nesse tipo de crime, o homicídio, quando é conexo com outros crimes, como nesse caso, é julgado pelo Tribunal do Júri, o júri popular. Só que é composto de duas fases: na primeira fase, o juiz vai analisar se há prova da materialidade e indícios da autoria; o juiz assim entendendo manda para o Júri Popular, onde os jurados, que são sete pessoas da comunidade que serão escolhidas no dia e hora, farão o julgamento e dirão se absolvem ou condenam”, disse.

Acusação

O advogado Pedro Marinho, assistente de acusação, avaliou positivamente a audiência e disse que foi realizada de forma satisfatória. “Foi muito claro para a dinâmica dos fatos e agora é aguardar o que ainda falta que são duas perícias que foram requeridas e a juíza já determinou um prazo de cinco dias para que sejam juntados e aí são as alegações finais e aguardar a pronúncia”, pontuou.

Segundo o advogado, as perícias serão em uma das armas de fogo encontradas com o acusado e outra nas munições retiradas do corpo do cabo Daniel.

Pedro Marinho declarou que o acusado tentou alegar legítima defesa, mas a tese não se sustenta pelo o que tudo foi apurado “É um direito que ele tem de alegar, de se defender, porém, analisando o contexto fático como um todo, não tem razoabilidade”, frisou.

O advogado afirmou ainda que a expectativa da acusação é na pronúncia do acusado com consequente envio para o Tribunal do Júri. 

Defesa

A reportagem do RiachaoNet procurou o advogado de defesa de Wagner, Alcides Bezerra, mas ele não quis comentar sobre a audiência.

O Crime

O cabo Daniel foi morto a tiros na manhã do dia 11 de maio de 2017 dentro da sede do Grupamento da Polícia Militar da cidade de Paquetá. Segundo informações de populares, um homem desconhecido, que se tratava de Wagner Lima, estava circulando na cidade pedindo carona. Assustados, os moradores acionaram a polícia e o cabo Daniel o encaminhou até a sede do GPM. Na delegacia, o policial deixou Wagner em uma sala e quando retornou minutos depois foi surpreendido com vários tiros.

 

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