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Após esperar 3 dias por UTI, sobrevivente de tragédia na BR 316 morre no HUT

[ad#336×280]Sthefanny Oliveira de Araújo, de 13 anos, era a única sobrevivente do grave acidente ocorrido sexta-feira, dia 28, envolvendo dois caminhões entre os municípios de Elesbão Veloso e Valença.

A adolescente, gravemente ferida na colisão, não resistiu e faleceu hoje, 01 de janeiro. Neste mesmo acidente, o pai, a mãe e dois irmãos de Sthefanny morreram no local.

Na manhã de ontem, familiares da adolescente pediam com urgência a sua transferência para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Necessitando de cuidados intensivos, a menina permaneceu por três dias na emergência do Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Não havia vagas nas UTIs.

Sthefanny tinha várias fraturas pelo corpo

“Todos sabiam que o estado dela era delicado, mas não a levaram para UTI. Ela deveria ter ido para uma no dia que o acidente aconteceu. Toda essa demora piorou a saúde dela, sendo que essa demora foi o fator X da sua morte”, lamenta o tio de Sthefanny, Ezequiel Filho de Oliveira Júnior.

A família entende que a morte somente aconteceu devido às negligências de atendimento médico da garota. Sem os devidos cuidados, o estado de saúde de Sthefanny declinou. A jovem teve várias lesões pelo corpo, inclusive com fraturas expostas. Ela teve as duas pernas e um braço quebrado. A medula óssea da garota também foi afetada e a adolescente corria o risco de não andar mais.

“Infelizmente, ela não resistiu; teve oito paradas cardiorrespiratórias e quando foi às 11h55 de hoje entrou em óbito. As paradas ocorreram das 19h (de segunda-feira) às 8 horas (de hoje)”, comenta Ezequiel.

O corpo da jovem será velado e sepultado em Feira de Santana, na Bahia, local onde toda a família morava. O carro que fará o translado do caixão deve chegar a Teresina na quarta-feira, dia 02.

A luta da família pela vida de Sthefanny terminou. Mas eles planejam uma nova etapa, desta vez judicial. “Iremos juntar todas as provas possíveis e processar o Estado”, diz o tio da vítima. A direção do Hospital de Urgência de Teresina negou à família cópia do prontuário da paciente.

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