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Assistente social critica governo do Piauí pela desativação do Programa do Leite

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Assistente social Tancredo Paiva Lima, do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), de Valença do Piauí - Foto: J.M Barros
Assistente social Tancredo Paiva Lima, do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), de Valença do Piauí - Foto: José Maria Barros

O assistente social Tancredo Paiva Lima, do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), de Valença do Piauí, aproveitou os debates durante a conferência sobre segurança alimentar e nutricional realizada em Picos na última quinta-feira, 18 de agosto, para fazer críticas ao governo do estado pela desativação do Programa do Leite, cujo objetivo é diminuir a desnutrição entre as famílias mais carentes.

“O Programa do Leite ninguém entende. Quando Wilson Martins assumiu o governo do estado os municípios piauienses tinham a perspectiva de duplicar o número de famílias atendidas, mas aconteceu justamente o contrário, a distribuição do produto foi suspensa em dezembro do ano passado e até hoje não foi retomada”, denunciou.

Segundo o assistente social Tancredo Lima, em Valença do Piauí, por exemplo, 400 famílias carentes eram beneficiadas com o Programa do Leite, mas esse número teve que ser reduzido para 250 porque o governo do estado argumentou que não tinha mais recursos para bancar o projeto sozinho e o município foi obrigado a entrar com a contrapartida.

“O município de Valença do Piauí dá a contrapartida, mas a parte do estado não vem, então, como não é possível bancar o programa sozinho, ele foi desativado. Agora, existem 250 famílias com os cadastros prontos, mas desde dezembro de 2010 não estão recebendo o leite por falta da contrapartida do governo do estado, que alega falta de recursos”, explica Tancredo Lima.

Picos

Em Picos o Programa do Leite foi desativado desde o ano passado, deixando de atender centenas de famílias carentes residentes nos bairros periféricos e, que dependiam da distribuição do produto para alimentar as crianças.

Conferência alimentar

Durante a sua fala, Tancredo de Paiva Lima também não poupou críticas ao modelo de realização das conferências sobre segurança alimentar e nutricional, ressaltando que elas não saem da mesmice, pois, acontecem em locais de grande luxo, com ar condicionado, mas que não têm resultados práticos. Foi aplaudido pelos representantes dos demais municípios presentes ao evento.

“Nessas conferências os representantes do poder público vêm, tiram algumas fotos, compõem a mesa e depois dão as costas. Aí, a importância do que é conferir num evento como esse fica colocado de lado, não dão importância aos temas trabalhados dentro das discussões”, pontua.

Para o assistente social Tancredo Lima, essas conferências deveriam acontecer ligadas à opinião pública, corpo a corpo com a população. Além disso, não precisava gastar recursos exorbitantes com banners e com marketing. “O mais importante era reunir a sociedade civil organizada, Ongs, discutir os temas essenciais, elaborar um relatório e ficar cobrando e reivindicando do governo estadual o cumprimento do que foi debatido”, ensinou.

Com informações do GPI1
José Maria Barros

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