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Atrasos em rapasses do governo para bancos e planos de saúde somam cerca de R$ 200 milhões

Servidores do Estado que tiveram seus nomes negativados após o atraso do governo nos repasses bancários.

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Nesta segunda-feira (16), diversas centrais sindicais se reuniram com os secretários do governo e parlamentares na Assembleia Legislativa do Estado do Piauí para discutir a situação dos servidores do Estado que tiveram seus nomes negativados após o atraso do governo nos repasses bancários. Em apenas um sindicato, cerca de 60 servidores receberam uma carta de notificação informando o atraso de cinco parcelas do empréstimo consignado, que deveria ser descontada direto da folha de pagamento.  O valor total em atraso somam cerca de R$200 milhões, sendo R$ 20 milhões para os planos de saúde  IASPI/PLAMTA.

Segundo Geane Sousa, diretora do Sindicato em Estabelecimento de Saúde do Piauí (Sindespi), os sindicatos estão a cerca de três meses tentando conversar com o governo. “As notificação estão sendo recolhidas para fazermos uma consulta no SPC/Serasa, para termos o número concreto de quantos servidores estão registrados com “nome sujo” e poder  tomar as providências adequadas”, conta.

Carta recebida pelos servidores. Foto: ODIA
Carta recebida pelos servidores. Foto: ODIA

O Secretário Antônio Luís dos Santos, da Secretaria da Fazenda, afirma que desconhece o fato. De acordo com ele, o Estado está com dificuldades, principalmente com a folha de pagamento, que é a prioridade.  “O dinheiro que temos em caixa só paga a folha líquida e não a bruta. O déficit projetado para este ano é de R$ 900 milhões. Mas tudo que está em atraso nós estamos colocando em um cronograma para colocar em dia”.

O secretário de Administração, Ricardo Pontes, argumentou que a situação financeira do estado é muito complicada e que os atrasos estão sendo negociados com os bancos. “A arrecadação vem em uma tendência de queda, tanto federal como estadual, o que é normal nesse período. Estamos buscando alternativas para obter renda e movimentar a economia e tenho certeza que até o final do ano estaremos com as contas pagas, como foi em 2017”, completa.

O presidente da Associação dos Correspondentes Bancários, Marcelo Freitas, disse que a informação repassada pelo secretário sobre os repasses de 2017 não é totalmente verdade. Segundo ele, há parcelas em atrasos e que quatro bancos já entraram com processo contra o governo e suspenderam as operações. “O estado parece que gostou da situação, porque não paga juros e correção. Faz acordo para pagar o parcelado e não cumpre”, disse Marcelo Freitas.

Edição: Viviane Menegazzo
Por: Geici Mello com Flash de Ithyara Borges

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