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Banco de Tempo: uma sugestão para combater o “Século do ´Eu´”

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Banco do Tempo

A ideia do Banco de Tempo já existe no Brasil, mas, infelizmente é pouco divulgada e difundida. As sugestões das experiências trazidas na crônica de hoje versam justamente sobre a interessante ideia comunitária do “Banco de Tempo”, um tipo de solidariedade e comunitarismo que está virando moda aqui na Espanha e que poderia ser “copiado” perfeitamente (principalmente em termos de popularização) para o Brasil.

Nunca ouvira falar de Banco de Tempo no Piauí. Espero que possa ouvir falar nos próximos meses, já que a ideia é simples, mas extremamente interessante, válida e solidária, nos trazendo de volta a velha prática do favor, hoje muito abandonada pela correria nas grandes e médias cidades e também pelas loucuras do sempre pensar em si.

A ideia do Banco de Tempo foi inspirada em reportagem da edição desta sexta-feira (27 de abril) do jornal espanhol “Qué) que conta interessantes histórias sobre essa maravilhosa experiência.

A ideia do Banco de Tempo não é espanhola, mas sim japonesa. Ela nasceu na década de 80 do Século passado.

O banco de tempo consiste na ajuda mútua de pessoas (ou de uma cidade ou de um bairro) que fazem serviços comunitários em troca de outros serviços. A capitalização é de serviços, nunca de dinheiro. Tipo: uns oferecem serviços aos outros, que são contabilizados em horas, que só podem ser trocadas em outras horas de serviço.

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Exemplo: estou precisando de uma pequena pintura na parede de minha casa ou então do conserto de uma porta, de uma janela, aí vem uma pessoa e eu credito isso em tempo. Em nenhum momento se pode fazer pagamento ou cobrança (mesmo as de deslocamento). Dou em troca o que posso fazer: aulas particulares, ajuda para cuidar de idosos, crianças. O mais importante é a solidariedade orgânica entre os participantes do projeto.

O Banco de Tempo é uma ótima ideia principalmente para fazer ressurgir a colaboração e a amizade entre vizinhos e pessoas da mesma cidade ou bairro (aqui na Espanha pessoas de outras cidades não podem fazer o serviço).

Fica a sugestão, principalmente para o nosso mundo do Século do Eu, em que o individualismo é extremamente forte.

Procurando: encontrei um no Brasil. Que tal implantarmos um no Piauí? Só necessita um computador e um telefone e um tiquinho de solidariedade e tempo para ajudar o próximo. Pois quem ajuda o próximo está ajudando a si mesmo!

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