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Biólogo picoense identifica um novo gênero de isópodes terrestres

De acordo com o biólogo, formado pela UESPI, os estudos relacionados aos isópodes terrestres são importantes, pois estão inseridos no contexto da preservação de espécies dentro do ambiente natural.

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Egresso do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), campus de Picos, Carlos Anderson Soares Bezerra-Pereira, realizou uma pesquisa inovadora sobre isópodes terrestres, pequenos animais crustráceos conhecidos popularmente como tatuzinhos-de-jardim, culminando na elaboração de um artigo que descreve um novo gênero e duas novas espécies da família Platyarthridae para o estado do Piauí. Este artigo está publicado na revista internacional Zootaxa.

De acordo com o biólogo, formado pela UESPI, os estudos relacionados aos isópodes terrestres são importantes, pois estão inseridos no contexto da preservação de espécies dentro do ambiente natural. Em sua visão, o que permanece desconhecido não pode ser devidamente protegido. Por essa razão, ele se empenhou na tarefa de descrever as novas espécies para a Ciência, buscando contribuir, significativamente, para promover a conservação da biodiversidade.

Carlos Anderson Soares Bezerra-Pereira analisando no laboratório da UESPI, utilizando o microscópio óptico

“Atuo na área de Taxonomia, ramo da biologia responsável por descrever, identificar e nomear os seres vivos de acordo com os critérios estabelecidos, como aspectos morfológicos, genéticos, fisiológicos e reprodutivos, dentre outros. Assim, nesse artigo, descrevemos um novo grupo de crustáceos, sendo eles os isópodes terrestres, conhecidos popularmente como tatuzinhos-de-jardim. Pouco se conhece sobre a fauna e flora de Picos, estudos que tenham o objetivo de descrever espécies de animais e plantas, são emergenciais para mensurar como está o estado de conversação da biodiversidade presente no município”, finaliza o egresso.

Coletando tatuzinhos na natureza, observando em madeira caída

Formado em 2017, Carlos Anderson Soares Bezerra-Pereira relata que a universidade desempenhou um papel fundamental ao despertar sua curiosidade pelas diversas espécies isópodes terrestres. Já no segundo período do curso, ele recebeu um convite para integrar o GETOPI – Grupo de Estudos Taxonômicos dos Oniscidea do Piauí. Nesse contexto, ele se envolveu ativamente na pesquisa e mantém sua participação constante no grupo até os dias atuais, mesmo após sua conclusão de curso.

Espécie Paratrichorhina Piauiensis

O egresso ainda agradece aos seus professores orientadores da instituição, Daniela Grangeiro e Lucas Lima, que contribuíram de forma significativa a construção do artigo científico. Segundo Daniela Grangeiro, o trabalho empreendido possui uma relevância para a região, uma vez que traz à tona descobertas significativas decorrentes do projeto de pesquisa. Além disso, destaca, no âmbito acadêmico, a contribuição da pesquisa para o enriquecimento do conhecimento científico em relação as espécies que, anteriormente, não haviam sido minuciosamente estudadas.

“Quando vejo um aluno meu se destacar, fico emocionada. É gratificante saber que fiz parte de uma conquista do Carlos, pois ele sempre foi um aluno extremamente dedicado e esforçado. Mesmo após concluir sua formação, ele continua a se aprofundar em nossas pesquisas e, agora, diante de um tema tão crucial para a biologia, ele teve a oportunidade de se destacar novamente na área, revelando novas perspectivas sobre diversas espécies”, finaliza a orientadora.

Confira o artigo.

Fonte: Ascom UESPI

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