Cada preso custa, em média, R$ 3.273 por mês no Piauí
Na média nacional, um preso custa aos cofres dos estados, em média, R$ 1.800 mensais
Um preso custa aos cofres dos estados, em média, R$ 1.800 por mês. No Piauí, esse valor é ainda maior: R$ 3.273 mensais. O cálculo é de um estudo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e com Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas.
O valor de R$ 1.800 mensais no país é, como citado, uma valor médio. Há estados que gastam ainda mais com pagamento de funcionários de penitenciárias e alimentação da população privada de liberdade, entre outros custos.
Em Tocantins, por exemplo, o governo estadual desembolsa R$ 4.200 para manter cada pessoa encarcerada. Piauí e Bahia aparecem na sequência com o segundo maior gasto mensal por preso: R$ 3.273.
São Paulo, que tem a maior população carcerária do Brasil, aparece entre os estados que tem os menores custos, gastando mensalmente R$ 1.373 com cada preso, mais apenas que outras três unidades da federação: Pará, com custo de mensal de R$ 1.283, Rondônia, que desembolsa R$ 1.227 por mês e Pernambuco, que é o único estado que tira dos cofres públicos menos de R$ 1 mil por mês para manter cada preso: são R$ 955, segundo o levantamento.
Apenas Acre, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima e Santa Catarina não integram o estudo, por “impossibilidade de contato, ausência de resposta ou impossibilidade de informar o gasto”.
O principal destino dos recursos é a folha de pagamento e outras despesas com pessoal, que representam entre 60 e 83% dos gastos totais. Já outras alocações de recursos apresentam padrões irregulares.
Na alimentação, o valor varia até 500% entre os estados, enquanto gastos com materiais de higiene e limpeza podem variar até 10 vezes.
“Qualificar o gasto intramuros representa um investimento no desenvolvimento humano, tanto de pessoas presas quanto no de servidores que ali trabalham”, avalia Luís Lanfredi, do CNJ.
O estudo calculou também quanto custa manter um preso em um dos cinco presídios de segurança máxima do Brasil. E a cifra até impressiona: são mais de R$ 35 mil reais mensais gastos pela União com cada um dos detentos nesses presídios federais, valor 20 vezes superior à média gasta pelos estados.
