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‘Carro de família morta carbonizada invadiu faixa contrária’, diz delegado

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O delegado Danilo Gomes, titular da 10ª Delegacia Regional de Policia Civil de Corrente, revelou nesta quarta-feira (1º) detalhes do acidente que matou quatro pessoas da mesma família carbonizadas em Cristalândia do Piauí, Sul do Piauí. Segundo ele, o motorista do carro teria perdido o controle e por isso invadiu a faixa contrária, colidindo de frente com o caminhão-tanque.

“Já identificamos e ouvimos o motorista do caminhão-tanque. Ele contou que trafegava na faixa normal, a 60 km por hora, quando o carro modelo Siena bateu de frente com o seu veículo e começou a pegar fogo. Com base no depoimento dele e da perícia feita no local, concluímos que o carro das vítimas saiu um pouco do acostamento e o condutor ao tentar voltar para a pista perdeu o controle, invadindo a faixa contrária e provocado a colisão”, contou.

Ainda de acordo com o delegado, o trecho da BR-135 onde ocorreu o acidente não tem sinalização e iluminação, por este motivo a perícia foi feita no dia seguinte. A colisão aconteceu por volta das 20h de sábado (25), na divisa do Piauí com a Bahia. As quatro vítimas eram pais e duas crianças de 9 e 13 anos, que vieram de Cristalina de Goiás (GO) para passar o carnaval em Corrente.

Corpos sem identificação
Os restos mortais da família morta carbonizada durante colisão entre um carro e um caminhão-tanque continuam sendo mantidos no Instituto de Medicina Legal (IML) de Teresina. Parentes das vítimas estiveram no local nessa segunda-feira (27), mas não conseguiram a liberação por falta de material para a realização do exame de DNA.

Segundo o diretor do IML, Janiel Guedes, os exames de DNA não são feitos há um ano no estado por falta de pagamento para a empresa que fornecia os kits de coleta.

Ainda na tentativa de liberação dos corpos, os familiares procuraram o governo do estado e foram informados pelo diretor do IML que serão colhidos materiais genéticos dos parentes e das vítimas, mas o resultado dos exames de DNA não tem previsão de entrega.

“Como os corpos dos pais e das duas crianças foram carbonizados, as digitais e arcadas dentárias ficaram destruídas. Apenas um exame de DNA pode confirmar a identificação das vítimas”, comentou o diretor.

Diante da situação, o delegado Danilo Gomes contou que os parentes da família registraram boletim de ocorrência contra a funerária que removeu os corpos. Na queixa, eles alegam que a remoção foi feita sem autorização dos familiares e prejudicado assim a identificação das vítimas.

“Na verdade, os funcionários da funerária tiveram autorização da polícia para fazer essa remoção, já que não temos IML na cidade. Casos esses, onde as vítimas foram carbonizadas a identificação só é possível por exame de DNA”, comentou o delegado acrescentando que o inquérito deve ser concluído em 30 dias.

G1 Piauí

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