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Caso Isaac: Acusado diz que tiro que matou menino foi acidental

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Atualizada às 21h16min

Um dos momentos mais aguardados durante o julgamento do acusado Martim Borges da Silva, de 41 anos, foi o momento em que o réu foi interrogado. O interrogatório teve início na tarde desta quinta-feira, 07,  após o retorno da pausa do almoço.

Durante seu depoimento Martim Borges confessou ter comprado a arma no mesmo dia do crime [ 03 de março] e pago por ela a quantia de R$700,00. Segundo ele, ao chegar em casa teria mostrado a arma à esposa, e pouco tempo depois a guardado. Foi quando resolveu olhar novamente, e quando pressionou a espingarda disparou atingindo o garoto Isaac.

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“Após comprar a arma fui p casa e depois de mostrá-la à minha mulher, guardei, mas em seguida resolvi ver se ela não tinha algum defeito. Sentado no sofá de casa, com a porta entreaberta, eu comecei a olhar e quando fiz pressão ela disparou, tinha uma única bala. Quando ela disparou fiquei sem ação e depois fui ver onde a bala tinha acertado. Fiquei desesperado quando vi o Isaac caído. Corri, chamei minha mulher e pedi que chamassem o socorro. A única coisa que eu me arrependo foi de não ter ficado e socorrido, mas eu precisava sair dali”, disse o acusado.

Acusação acredita na condenação de Martim Borges da Silva por crime doloso, quando se assume o risco de matar alguém.

Relembre fatos do julgamento

Teve início na manhã desta quinta-feira, 07, por volta de 09h50min, a audiência do tribunal popular do júri que tem sentado no banco dos réus,  Martim Borges da Silva, de 41 anos,  acusado de assassinar com um tiro de espingarda o garoto Isaac José Luz de Sousa. O crime ocorreu em março de 2014, no bairro Pedrinhas, em Picos.

Durante as primeiras horas da manhã, o Fórum Helvídio Nunes de Barros onde acontece o julgamento, estava tomado por familiares do garoto Isaac e do acusado Martim Borges. Vaqueiros mirins, uma das grandes paixões de Isaac, seguravam faixas e cartazes pedindo justiça e a condenação do réu.

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A audiência é presidida pela juíza da 5ª Vara da Comarca de Picos, Nilcimar Rodrigues de Araújo Carvalho. Devem depor cinco testemunhas arroladas pela acusação, e posteriormente ocorre o interrogatório do acusado Martim Borges da Silva. Em seguida, abre espaço para os debates que devem ocorrer por três horas, se estendendo até a noite de hoje. A previsão é que a sentença seja dada por volta das 22h00, segundo estimativas da acusação.

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Depoimentos

A primeira testemunha a dar seu depoimento perante os jurados foi o perito criminal, José Luís de Sousa Pinto. O perito participou da reprodução que simulou os momentos ocorridos no dia do assassinato. A reconstituição do crime ocorreu em maio de 2014.

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José Luís foi arrolado pela acusação  que está a cargo da promotora Itaniele Rotondo e do assistente de acusação Maycon Luz. As próximas testemunhas a serem ouvidas são familiares de Isaac e a esposa de Martim Borges da Silva.

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Acusação x Defesa

Os assistentes de acusação e defesa falaram da expectativa sobre o julgamento. Para a defesa, o crime não foi culposo (quando a pessoa não tem intenção de matar), e as provas apresentadas vão ao encontro desta afirmação.

“A acusação está tranquila, pois está baseada em provas técnicas, foi feita a reconstituição do crime, onde os peritos atestaram categoricamente, através de um laudo pericial, que a porta da residência estava aberta e ele tinha a plena visão da criança. Por conta de provas periciais e testemunhais, a acusação está segura e confiante na condenação do acusado”, disse o assistente de acusação Maycon Luz.

A acusação espera que o acusado seja sentenciado pelos crimes de homicídio doloso, porte ilegal de arma de fogo e omissão de socorro.

Já para a defesa a expectativa é o julgamento ocorra de forma justa, onde as circunstâncias em que ocorreram os fatos sejam devidamente analisadas.

 “A partir do momento que se coloca um projetil incompatível, a própria denúncia diz que o mesmo não tem um sentido linear, ou seja, por si só já mostra que não ouve a intenção de lesionar a criança. Assim como o fato dele ter se precavido com outras situações não mostra que ele tinha intenção. Foi uma fatalidade”, disse Fernando.

Fotos: Antônio Rocha/ Canabrava News

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