O senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, confirmou a TV Cidade Verde que o partido votará o pedido de expulsão contra o deputado federal, Waldir Maranhão (PP/MA), presidente interino da Câmara Federal.
“O deputado Waldir [Maranhão] vem desde o início se mantendo a margem das decisões do partido. É uma situação que será analisada, a bancada da Câmara deve se reunir para analisar o seu comportamento e vamos ver o que pode acontecer”, afirmou Ciro Nogueira que concedeu entrevista a Elivaldo Barbosa em Brasília.
Sobre a possibilidade de expulsão de Waldir Maranhão, ele reagiu: “Sou um escravo do regimento do partido. Se isso vier acontecer [expulsão de Waldir Maranhão] terá que ser deliberado, pois temos instância do partido, conselho de ética e isso qualquer parlamentar está sujeito”, reafirmou o senador.
Waldir Maranhão enfrentou o partido e votou contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff em votação dia 17 de abril. Ontem, ele tomou uma nova medida polêmica de anular a sessão que aprovou o impeachment da presidente Dilma na Câmara.
Um grupo de deputados do PP já acionou a Executiva da legenda para pedir sua imediata expulsão. Com isto, o partido deve também pedir o afastamento de Maranhão da presidência da Câmara, já que a vaga de vice é de indicação do PP.
Aliança com Wellington Dias
Na entrevista, Ciro Nogueira voltou a defender a manutenção da aliança com o PT e a presença do partido em uma possível reeleição de Wellington Dias em 2018.
“Tive várias conversas com o governador Wellington Dias e não foi bom para a nossa aliança, eu reconheço isso. O ideal era que estivemos ao lado da presidente [Dilma] para que pudéssemos ter aliança estadual e nacional”.
Segundo o senador, a nova conjunta forçou esse rompimento nacional. “É uma nova realidade. Wellington Dias já esteve no meu gabinete e manifestou o desejo de continuar com a aliança. Eu acho fundamental o sucesso dessa aliança, até porque o governador vai precisar de apoio aqui em Brasília para que o Piauí não saia prejudicado”.
O senador confirmou ainda que esteve com o vice-presidente Michel Temer e não tratou de cargos, mas pediu que o PMDB respeite a aliança do PP com o PT no Piauí.
“Não tratei de cargo com o vice-presidente Michel Temer, mas a situação do Estado do Piauí, pois tenho aliança com o governador que é do PT, e eu não poderia apoiar um governo que viesse a prejudicar meu Estado. Agora, o governador tem que ter maturidade de poder vencer esse momento difícil da coligação”.
