SaúdeTodas as Notícias

Com 20 casos confirmados e 152 suspeitos, Piauí é considerado área endêmica de malária

Atualmente, Miguel Alves tem 16 casos de malária, sendo três reinfecção. Joaquim Pires registrou três pacientes e Amarante um caso.

anuncio17 UNIFSA

O Piauí tem 20 casos de malária confirmados e 152 suspeitos nas cidades de Joaquim Pires, Amarante e Miguel Alves. A coordenadora de Epidemiologia da Secretaria de Saúde do Estado do Piauí (Sesapi), Amélia Costa, destacou o crescimento de casos de malária no Piauí, tornando o estado uma área endêmica da doença.

“No ano de 2020 nós tivemos 23 casos notificados de malária, já em 2021 estamos com 152. Então, é um crescimento exagerado. Desse modo, precisamos de um incremento não só estadual e municipal, mas sim em nível nacional”, destacou.

A vice-presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Piauí (Cosems-PI), Leopoldina Cipriano, informou as secretarias municipais de saúde estão realizando ações, como borrifação das casas, busca ativa e monitoramento dos pacientes.

“Desde os primeiros casos em Miguel Alves, em maio deste ano, contamos com o apoio de sete técnicos da Fiocruz e Ministério da Saúde. Eles qualificaram os nossos profissionais sobre o manuseio dos pacientes, uso do mosquiteiro e inseticidas”, contou Leopoldina, também secretária municipal de saúde de Miguel Alves.

Atualmente, Miguel Alves tem 16 casos de malária, sendo três reinfecção. Os primeiros casos registrados foram de pacientes infectados que vieram do estado do Pará para cidade piauiense e transmitiram a doença para outras pessoas.

No município de Joaquim Pires, três casos foram registrados, sendo um deles importado, o paciente contraiu a doença fora da zona onde foi diagnosticado. Outros dois são autóctones, ou seja, o paciente contraiu na zona onde reside. Em Amarante, um caso foi confirmado.

Reunião define novas medidas

Diante de tantos casos confirmados no Piauí, as Secretarias Municipais de Saúde das cidades com casos de malária participaram nesta segunda-feira (27) de uma reunião com o Ministério da Saúde, os Conselhos Nacionais de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e de Secretários de Saúde (Conass) e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi).

Durante a reunião foi discutido a importância do estado de possuir profissionais qualificados para tratar das diversas demandas referentes à saúde pública nos municípios.

Como resultado, os municípios com casos notificados devem adotar uma séria medidas para o combate da malária, dentre elas, a confecção de relatórios semanais a serem enviados ao Ministério da Saúde.

Malária

Malária é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada pelo microrganismo Plasmodium. A malária não é uma doença contagiosa, ou seja, uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente a outra pessoa.

Os sintomas mais comuns são: calafrios, febre alta, dores de cabeça e musculares, taquicardia, aumento do baço e alucinações. Nos casos mais graves, a pessoa infectada desenvolve a malária cerebral, que pode levar à morte.

O tratamento da malária é feito com medicamentos antimaláricos que são gratuitos e fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

G1 PI

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Você está usando um bloqueador de anúncios.