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Covid-19: Em cinco meses, Hospital Justino Luz registra mesmo índice de mortes de 2020

Em 2021 já foram registrados, até esta quinta (27), 200 óbitos, enquanto em todo o ano de 2020 foram 206 mortes.

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No ano passado foram registrados 206 óbitos em decorrência da Covid-19 no Hospital Regional Justino Luz de Picos. Este ano, apenas nos cinco primeiros meses, 200 pessoas já faleceram com a doença, até o último boletim divulgado, nesta quinta-feira (27), pela assessoria de Comunicação da unidade de saúde que é referência no tratamento do coronavírus na macrorregião.

Segundo o diretor técnico do hospital, o neurologista Tércio Luz, o crescimento acompanhou os números do país, ao se considerar a alta proliferação da doença nesta segunda onda.

“Esse crescimento de óbitos acompanhou o crescimento do país, pois quanto mais casos tivemos, mais pacientes internaram, ficaram graves e evoluíram a óbito. É uma quantidade que também leva em conta o número de infecções pelo coronavírus. Essas novas variantes também entram como fator, pois são mais contagiosas e algumas delas evoluem para casos mais graves”, disse.

Tércio Luz, diretor técnico do Hospital Regional Justino Luz

O número de internações cresceu, consideravelmente, em todo o país, com a segunda onda, especialmente ao considerar as variantes que têm aparecido do coronavírus. Em Picos não está sendo diferente. O médico Tércio Luz informou que essas admissões hospitalares subiram acima de 30% na segunda fase, se comparada à primeira.

“A gente ainda vive a segunda onda. Os picos de regressão das ondas no Brasil são bem lentos, então a gente ainda está sentindo essa segunda onda e estamos indo para a estabilidade. Esta segunda onda está sendo mais prolongada que a primeira. Temos alguns momentos de queda, que são temporárias, mas logo depois volta a ocupação da capacidade quase total dos leitos. É possível dizer que em 2021 houve aumento de 30 a 40% da capacidade de internações”, relatou.

(Foto: Lalo de Almeida/Folhapress)

O médico Tércio Luz destacou ainda que houve um aumento no número de leitos na enfermaria, que passou de 35 para 43, mas, mesmo assim, a ocupação permanece quase que sempre em alta. Frisou também que a idade dos pacientes, em sua maioria, está abaixo de 60 anos de idade.

“Temos que pensar que houve um aumento do número de leitos clínicos, mas, mesmo assim, eles continuam lotados. Da semana passada para cá, pela primeira vez, mais de 50% dos pacientes internados têm menos de 60 anos. Essa mudança é uma constante porque os grupos de risco de idosos estão vacinando, então estão internando menos. Hoje, algo que eu falo é que não existe mais grupo de risco, pois todos correm o mesmo risco. Vemos aí a situação de pessoas mais jovens contraindo o vírus com formas mais graves”, disse.

O Hospital Regional Justino Luz possui duas unidades de terapia intensiva para tratamento de síndromes respiratórias agudas graves, cada uma com 10 leitos, e 43 leitos na enfermaria. Foi criada, recentemente, uma ala SPA Covid onde existem 7 vagas para pacientes em observação.

Hospital Regional Justino Luz – setor Covid

“Essas vagas são para pacientes que chegam, são examinados e aguardam resultados de exames para saber se serão liberados ou internados. Alguns deles até utilizam O², dependendo da necessidade, neste setor. Também é para aqueles que recebem alta, mas precisam esperar pelos familiares para fazeram a busca deles. Então ficam em observação”, explicou.

Ele afirmou ainda que há espaço estrutural para ampliação de até 20 leitos clínicos no setor Covid. Já para UTI não é possível, pois é um espaço que requer uma maior organização pela sua complexidade.

O médico alerta ainda para que as pessoas não relaxem nos cuidados de higienização e uso de máscaras, e que mantenham distanciamento social para diminuir a transmissão do vírus e consequentes internações.

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