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Dados apontam que jovens e idosos são os que mais tentam suicídio

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Apesar da grande incidência de suicídio entre a população jovem, incluída no período mais produtivo da vida, o idoso também tem aparecido em estudos que apontam crescimento no contingente populacional nessa fase da vida.

“O idoso que, ao longo do tempo, acumulou sabedoria e passou por muitas experiências, acaba, numa fase da vida, se sentindo sozinho e com a ideia de que está dando trabalho para a família, gerando crise que pode desencadear casos de suicídio. Se esse idoso, durante toda sua vida, não conseguiu fazer enfrentamento de resolutividade positiva diante de uma situação difícil, certamente pode ter dificuldade nessa fase da vida, podendo desencadear um episódio depressivo”, explica a psicóloga Ilana Arêa Leão.

Segundo ela, muitas vezes, o idoso, que já conviveu muitos anos com uma pessoa, quando perde o companheiro na velhice, pode se imaginar sem perspectivas, o que também pode ser causa de depressão e até desencadear uma ideação suicida. “Alguns estudos, inclusive, apontam que, quando companheiro morre até por morte natural, a outra pessoa começa a sentir a ausência e, por conta da própria idade, a imunidade baixa e qualquer pequena doença se torna uma complicação, o que leva até a morte em pouco tempo”, sustenta.

Acerca da forma que o assunto deve ser tratado, a psicóloga Ilana Arêa Leão, comenta que são necessários alguns cuidados, tanto pelos órgãos públicos, quanto pela mídia. “A imprensa não deve divulgar como ocorreram os casos, mas sim trabalhar o tema como um assunto de saúde pública, que deve ser discutido, como o aborto, as drogas, o abuso sexual e violência doméstica”, ressalta.

 A escola, na opinião da psicóloga, tem papel fundamental para tratar sobre a temática, uma vez que muitos dos sinais de uma ideação suicida podem ser demonstrados no próprio ambiente escolar. “Muitas vezes, não se tem a sensibilidade de perceber o problema e de tomar providências para resolver o problema, chamando a família e o aluno para conversar e realizar acompanhamento”, defende.

Para a psicóloga, o ideal é que as escolas conversem com os alunos sobre o tema, uma vez que o diálogo e a atenção para determinada temática passam a desmistificar o que as pessoas pensam sobre a situação. “Basta apenas ter um cuidado maior com relação à forma que o tema está sendo discutido. Estudos apontam que, quando um suicídio é revelado e é mostrado amplamente pelos meios de comunicação que muitos suicídios ocorreram em determinado local, pode desencadear episódio em outras pessoas que já estão com ideação suicida a fazerem a mesma coisa”, alerta a psicóloga, acrescentando que o tema não pode ser negligenciado e deve ser tratado em conjunto, num esforço envolvendo escolas, familiares, profissionais, órgãos públicos e meios de comunicação.

Fonte: Jornal O Dia

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