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Delegado da Polícia Civil contrapõe relato de familiares durante operação policial em Santana do Piauí

Polícia Civil dá sua versão sobre a morte de Adriano do Frango durante operação contra o tráfico de drogas

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Uma operação policial destinada a conter o tráfico de drogas resultou na morte de Adriano José de Brito, conhecido como Adriano do Frango, gerando controvérsias na comunidade local e entre os familiares da vítima. A ação ocorreu no povoado Barro, em Santana do Piauí, na manhã da última quarta-feira (23), durante a “Operação Santana”, conduzida pela Polícia Civil e Polícia Militar.

Em um depoimento exclusivo ao Portal Riachaonet, o Delegado Petrônio Henrique abordou o conflito de percepções que surgiu a partir do trágico incidente. “É natural que, quando ocorre uma operação como essa e o alvo vem a óbito por reagir ao comando da polícia, ou seja, ao invés de se entregar, a população e os familiares fiquem revoltados”, afirmou.

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Petrônio Henrique destacou o dilema emocional que envolve tais situações. “É comum a família se revoltar, até porque foi um ente querido que faleceu. Causa dor e eu me solidarizo com a família”, expressou. No entanto, ele ressaltou que o envolvimento de Adriano no tráfico de drogas desencadeou a ação policial. “O Adriano provocou a atuação da polícia ao investigarem suas atividades relacionadas ao tráfico de drogas.”

O Delegado descreveu os eventos que culminaram na trágica morte de Adriano. “Ao cumprir o mandado de busca, ele tentou reagir e a polícia reagiu para se defender. Acabou que ele veio a falecer, entende? A polícia atuou dentro da lei”.

O Delegado também abordou o aspecto temporal da operação. “O cumprimento do mandado de busca não começou antes do horário permitido pela lei, que é às 5 da manhã, de acordo com a Lei de Abuso de Autoridade. A perícia foi até o local, como sempre faz. No entanto, a população estava querendo entrar e subir. Tivemos que conter a situação, pois não podíamos permitir que a população entrasse.”

Ele também mencionou o registro visual do incidente. “Eles estavam filmando a nossa ação, que é legal, e não uma atividade ilícita. Em certo momento, os familiares se aproximaram de nós. Um policial também começou a filmar, e isso os revoltou. Eu disse que não ia mandá-los pararem de filmar, assim como não mandaria um policial parar de filmar. Afinal, ninguém estava fazendo nada errado. Eles estavam revoltados e queriam nos provocar. Queriam que aparecesse na filmagem deles e, quem sabe, editassem para dizer que a polícia é truculenta. Essa é a narrativa que a polícia é truculenta”

O Delegado enfatizou a integridade da operação policial. “Eu tenho a consciência tranquila de que tudo foi feito dentro da lei e dos padrões operacionais. E, claro, se alguém quiser contestar, pode procurar o Ministério Público. Peço que o façam. Não temos medo de ser fiscalizados, afinal, estamos agindo dentro da lei. Não estamos à margem dela, nem atuamos de forma obscura. Aliás, a própria Polícia Civil restaurou o procedimento para verificar se houve algum excesso, afirmou.

Henrique concluiu reforçando a abertura para esclarecimentos. “É isso. Não temos nada a esconder. Os esclarecimentos que eu posso dar sobre o caso são esses. Se quiserem vir aqui e falar comigo, fiquem à vontade. Como eu já disse ao Francisco, sobrinho do Adriano, podem vir aqui quantas vezes quiserem. Ninguém está escondendo nada. Aqui, somos transparentes. Será um prazer receber a mídia, os familiares, como eu já disse diversas vezes. A Polícia Civil do Piauí e a Polícia Militar não têm nada a esconder”, concluiu o Delegado Petrônio Henrique.

Nossa equipe continuará acompanhando o desdobramento desse caso e fornecerá atualizações conforme novas informações forem disponibilizadas.

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