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Depeculatus: computador do TJ era vendido por apenas R$ 600

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A operação Depeculatus deflagrada nesta segunda-feira pela Polícia Civil, identificou que material de almoxarifado do judiciário era desviado e revendido a empresas de Teresina com preço abaixo do mercado. Entre os produtos está um computador completo que foi vendido por apenas R$ 600.
Fotos: Evelin Santos/ Cidadeverde.com
Além disso, a Polícia apreendeu desde resmas de papel e material de escritório, poltronas, um fogão, um refrigerador e vários bebedouros. De acordo com a delegada Laura Monteiro, escutas telefônicas apontaram que empresários fizeram negociações recentes de produtos pagando R$ 3500. A investigação ainda vai apontar que produtos eram vendidos e a quanto chegava o deságio do valor original para a revenda.
O Esquema
Em entrevista coletiva na academia de Polícia Civil, no início da tarde desta segunda-feira (13), os envolvidos na investigação explicaram como funcionava o esquema desbaratado na operação Depeculatus. Givaldo Araújo da Silva, subtenente da Polícia Militar, trabalhava há dois anos como chefe do almoxarifado do Tribunal de Justiça, localizado no bairro Redonda, zona Sudeste da capital.
Uma funcionária desconfiou da falta de produtos ao perceber caixas abertas no depósito. A partir de então a investigação foi deflagrada. Estima-se que o subtenente agia há pelo menos um ano com o desvio de produtos. Ele usava uma Fiorino do próprio Tribunal de Justiça para fazer a entrega de material nos fóruns. Porém, parte dele era desviado para a casa do seu sogro, João José das Mercês, também na zona Sudeste.
O policial, segundo as investigações, contava com a ajuda de um servidor terceirizado do TJ, José Luis Alves de Sousa, conhecido como “Caçote”, tanto no transporte como na revenda dos produtos. Entre os clientes, a investigação descobriu os nomes de Dilson de Sousa Vieira, da empresa Sucesso Distribuidora e José Augusto da Silva, que também foram presos.
Dilson aparece nas imagens divulgadas pela Polícia Civil levando material para um ponto de fotocópia na Universidade Federal do Piauí.
De acordo com a delegada Laura, ao serem presos, os empresários negaram ter conhecimento de que os produtos eram desviados ilegalmente do TJ.
Inusitado
O material apreendido pela Polícia ainda não foi totalmente quantificado. No entanto, passará por uma situação no mínimo irônica. Ele voltará para o mesmo depósito de onde foi extraviado, uma vez que o TJ também guarda produtos apreendidos no bairro Redonda.
O Corregedor Geral de Justiça, desembargador Francisco Paes Landim informou que a segurança no depósito já foi reforçada e ressaltou que o crime ocorreu, porque houve quebra de confiança com o funcionário e não fragilidade na segurança do local.
Paes Landim informou ainda que o depósito também guarda bens penhorados pela Justiça para pagamento de dívidas, mas informou que as investigações ainda não apontaram se tais bens também teriam sido desviados.

Fábio Lima (Flash)
Rayldo Pereira (Da Redação)
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