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Depois do Unimed, todos os hospitais e clínicas suspendem atendimento pelo Plamta

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Primeiro foram os Hospitais da Unimed e agora são todos os hospitais e clínicas credenciados que vão suspender o atendimento aos usuários do plano de saúde dos servidores estaduais do Piauí (Plamta).

A paralisação do atendimento deve começar nesta quarta-feira (04/10) Em ofício encaminhado dia 29 de setembro à direção do Instituto da Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado do Piauí, Daniela Amorim Aita, o presidente do Sindicato dos Hospitais do Estado, Jefferson Campelo, solicitou o pagamento por serviços prestados ainda no mês de junho. Em caso de não quitação do valor devido, comunicou que seriam cessados os atendimentos a usuários do Plamta e Iasp-Saúde.

Sede do IAPEP

De acordo com o ofício, o prazo contratual para pagamento dos procedimentos realizados foi extrapolado pelo Iaspi, “conduzindo os hospitais e clínicas a grande risco de perecimento de suas finanças, o que inviabiliza a continuidade da prestação de serviços”. Por “perecimento das finanças” pode-se entender um quadro de insolvência em face dos atrasos nos pagamentos mensais, que somariam R$ 15 milhões por competência, ou seja, por mês que deixou de ser pago.

Assim sendo, face a existir um atraso desde junho e até setembro, o valor devido pelo Iaspi aos hospitais já somaria mais de R$ 60 milhões, O prazo que os hospitais e clinicas deram para a regularização do pagamento de junho – cerca de R$ 15 milhões – esgota-se na quarta-feira, 4 de outubro, Esta é a terceira vez neste ano que os hospitais e clínicas recorrem a uma pressão pública para receber pelos procedimentos médico-hospitalares e laboratoriais que prestam ao Iaspi.

A primeira vez foi em janeiro. Depois, em maio, novamente em razão de atrasos, mais uma vez se pressionou o Estado para que o pagamento fosse regularizado. A situação, segundo as declarações já dadas anteriormente pelos dirigentes de hospitais e clínicas, cria um risco permanente à saúde financeira das instituições. As perdas financeiras para a rede clínico-hospitalar e laboratorial de Teresina causam um impacto negativo em seus custos, podendo, no limite, resultar em corte de custos – o que incluiria, por exemplo, desligamento de pessoas para uma redução do custeio salarial.

Sem os pagamentos, também há risco de comprometimento da qualidade dos serviços. O Plamta e o Iasp Saúde têm cerca de 200 mil usuários e a maioria se utiliza de serviços prestados em Teresina. Para se ter uma noção de grandeza do universo de pessoas atendidas, o Plamta tem mais usuários que dois dos maiores planos médicos privados do Piauí, a Unimed Teresina e o Humana Saúde. A suspensão dos atendimentos anunciada pelos estabelecimentos clínico-hospitalares e laboratoriais de Teresina somente deve atingir consultas, exames e cirurgias eletivas, ficando de fora as urgências e procedimentos em curso, como, por exemplo, pessoas em pós-operatório.

O que diz o PLAMTA

Após o Sindicato dos Hospitais do Piauí (Sindhospi) manifestar paralisação no atendimento do Plamta, nesta terça-feira (03/10), o Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado do Piauí (Iaspi), responsável pelo repasse de pagamento aos hospitais privados, informou através de nota que os motivos alegados pelo sindicato não procedem da maneira como a categoria está colocando, e que em 24 horas serão prestados todos os esclarecimentos durante audiência no Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI).

Confira a nota

“O Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado do Piauí (Iaspi) informa que nesta quarta-feira, 4 de outubro, acontecerá uma audiência no Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI), quando serão prestados todos os esclarecimentos necessários ao promotor e aos sindicalistas ligados ao Sindicato dos Hospitais do Estado do Piauí (Sindhospi) sobre os pagamentos do Iaspi à rede credenciada.

O Instituto esclarece ainda que não há como se falar em atraso de quatro meses porque não se pode contabilizar os 60 dias de tramitação do processo. O prazo passa a contar a partir de 60 dias da fatura entregue e no dia 04.09 começamos a disponibilizar os repasses.

O retardo que há de repasse é de parte da fatura de junho, disponibilizada no início do mês de setembro. Ainda solicitamos, e ficou acordado, 10 dias úteis para podermos operacionalizar o pagamento, tendo em vista que são mais de 1.500 notas fiscais que chegam ao Instituto. De modo que, algum retardo no repasse é de pouco mais de vinte dias.

Estamos trabalhando junto a Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz) e acreditamos que nessa semana a gente consiga avançar e finalizar o mês de junho, demostrando o esforço dessa gestão e da equipe do governo em manter todos os pagamentos em dia.

Todos sabem que a situação econômica do Estado é delicada, mas temos nos empenhado para manter em dia em pagamento e acreditamos que junho deverá ser finalizado ainda esta semana.”

Fonte: OitoMeia

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