Educação

Docentes da Uespi ameaçam não repor aulas se governo não restituir cortes

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O secretário de Administração, Paulo Ivan
O secretário de Administração, Paulo Ivan – Foto: O Dia

A greve na Universidade Estadual do Piauí encerrou, mas os problemas continuam, e os estudantes correm o risco de não ter as aulas atrasadas do semestre repostas no prazo previsto.

Isto porque os docentes da instituição denunciam que o Governo do Estado descumpriu um acordo firmado durante audiência pública realizada no dia 29 de outubro último. Na ocasião, o procurador geral do Estado, Luiz Gonzaga Viana Filho, garantiu que o governo realizaria a devolução dos valores que foram cortados nos salários dos professores por conta da greve realizada entre agosto e outubro.

Em contrapartida, os professores comprometeram-se a repor, até fevereiro do próximo ano, todas as aulas atrasadas neste semestre.

O encontro, que reuniu a Adcesp, Governo do Estado e Reitoria, foi intermediado pelo Ministério Público Estadual.

De acordo com a Associação dos Docentes da Uespi (Adcesp), o compromisso, assinado em ata, garantia a devolução dos valores subtraídos em folha suplementar ou no vencimento do mês de novembro. Até agora, contudo, os professores não receberam as quantias descontadas em agosto.

A associação também acusa o Governo do Estado e a Reitoria da Uespi de perseguir os professores da instituição, em represália à greve iniciada em agosto. Além de relatar práticas de assédio, os docentes afirmam que o governo realizou os cortes nos contracheques de maneira indiscriminada, atingindo os profissionais que não aderiram ao movimento grevista e até mesmo os que estavam afastados para tratamento médico.

À reportagem d’O DIA, o secretário de Administração do Estado, Paulo Ivan, esclareceu que o reembolso dos valores descontados não foi feito no mês de novembro por conta de um erro cometido pela própria Associação de Docentes da Uespisa.

Ele explica que a greve dos professores da Uespi foi decretada ilegal pela Justiça e, portanto, está judicializada.

Segundo Paulo Ivan, o acordo firmado entre a Adcesp e o governo só foi juntada à ação de dissídio coletivo no final de novembro. Todavia, a folha de pagamento do mês já estava fechada desde o dia 19. Em função disso, não havia mais como acrescentar a restituição. Todavia, o secretário assegura que ela será paga na folha de dezembro. “Eles procuraram o Ministério Público, propuseram o acordo, e eu não me opus, com a condição de que as aulas fossem recuperadas. Ocorre que a advogada da associação não juntou aos autos, em tempo hábil, o acordo firmado no dia 29 de outubro. O governo tem sido muito compreensivo com a categoria dos professores. A associação é que tem apelado”, salienta o secretário.

O acordo de restituição dos descontos foi avalizado, de forma unânime, pelo Conselho Superior da Procuradoria Geral do Estado, desde que os professores realizassem a reposição das aulas dentro do novo calendário, ou seja, até fevereiro de 2013.

Para discutir o impasse, os professore da Uespi realizarão uma assembleia geral na próxima quinta-feira, às 9 horas, no anfiteatro do CCN, campus Torquato Neto. Com informações do Portal O Dia

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