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Em cinco dias, três agências bancárias já foram explodidas

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[ad#336×280]Somente nos últimos cinco dias, três agências bancárias foram explodidas no interior do Piauí para tentativas de assaltos. O Sindicato dos Bancários do Piauí voltou a denunciar o descumprimento da Lei de Segurança nos Bancos. Segundo informações do sindicato, o problema é maior nas agências privadas, visto que a maioria das agências federais cumprem, pelo menos em parte, a lei.

Conforme a Lei Estadual 6168/2012, é exigido em todos os bancos a instalação de blindagem na fachada térrea e câmeras com alto poder de definição ligadas à Polícia Militar, segurança dentro das agências, instalação de biombos, portas giratórias, dentre outras determinações.
Posto avançado do Banco do Bradesco, de Massapê do Piauí
Posto avançado do Banco do Bradesco, de Massapê do Piauí

“Algumas agências já adotaram medidas como instalação de biombos, câmeras de segurança. No entanto, no tocante à vigilância, nós temos uma certa deficiência. A interligação entre as agências e a Polícia Militar também não existe. A lei determina que as agências tenham ligação direta com a PM para que a Polícia possa acompanhar de perto o dia a dia nas agências. No entanto, as empresas, principalmente os bancos privados, alegam que é um investimento muito caro”, disse Francisco Reis Rego, diretor de Formação Sindical do Sindicato dos Bancários do Piauí.

Para muitos bancários, a profissão se tornou de risco e a falta de equipamentos de segurança gera medo. “A gente vai trabalhar no interior do Estado com medo da violência. Nas cidades pequenas, até a população vive assustada”, disse o bancário Carlos Lauro Mendes. Para o Sindicato dos Bancários, o problema é um risco para funcionários e clientes só não é maior porque os assaltantes estão agindo no período da noite, quando não há ninguém nas agências. Foi o aconteceu recentemente nas cidades de São João do Piauí, Alto Longá e Palmeirais.

De acordo com Sindicato, dentre as agências mais vulneráveis do Piauí estão a da cidade de Luzilândia e São Miguel do Tapuio, município que faz fronteira com o Estado do Ceará, pois são distantes da capital e há pouco policiamento e equipamentos de segurança.

Os sindicalistas denunciam ainda a falta de suporte para cumprimento da Lei dentro das agências. “Os bancos devem contratar funcionários para alertar as pessoas sobre as normas das agências, como por exemplo, a proibição do uso de telefone celular. Muitas pessoas não respeitam essa norma e por isso o segurança tem que desviar atenção do seu trabalho para advertir quem usa celular dentro dos bancos”, disse Francisco Reis. Essa proibição foi adotada com forma de evitar que possíveis assaltantes passem informações para pessoas do lado de fora das agências.

Após as primeiras denúncias do Sindicato, o cumprimento da Lei passou a ser acompanhado pelo Ministério Público. Por isso, alguns bancos federais já cumprem parte das normas de segurança, no entanto, há aqueles que não cumprem nenhum dos requisitos, nem mesmo a instalação das portas giratórias. Nesse caso, o Ministério Público deve intervir para punir o banco caso a lei continue a não ser cumprida.

Diário do Povo

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