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Esposa de Joel diz que falha da Justiça é irreparável

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Joel
Fotojornalista Joel foi vítima de engano. Advogados estão trabalhando para libertá-lo. Foto: Arquivo pessoal

Preso desde a última quinta-feira (9) em Teresina, o fotojornalista Joel Marques Cardoso recebeu nesta segunda-feira (13) a primeira visita de um familiar em cinco dias. Isolado, o único contato com pessoas do exterior vinha sendo feito através de seus dois advogados.

“Ele está abatido, preocupado com sua honra e com a família”, diz a esposa, Iranilda Maria. Nem Iranilda nem os filhos chegaram a visitar o chefe da família em Teresina. “Ele não quer ser visto nessa situação”, explica.

Inconformada com a prisão de Joel, ela acredita que a “falha da Justiça é irreparável” e acusa a polícia de cometer erros durante a investigação que levou à prisão do fotojornalista. Durante a revista em sua casa, diz ela, foram levados dois pendrives, a carteira com documentos pessoais, um celular e os documentos do carro. “Não tinha uma arma e nada relacionado a drogas aqui”, ressalta.

Sem antecedentes criminais, Joel foi preso após investigações indicarem seu envolvimento no tráfico de drogas. A acusação foi baseada em escutas telefônicas realizadas a partir de um chip registrado em nome do fotojornalista. Mas, segundo a família, a origem das ligações vem de um aparelho celular que foi perdido pelo fotojornalista sem que um boletim de ocorrência fosse registrado ou a linha cancelada.

Joel foi transferido da penitenciária Irmão Guido, onde dividia a cela com outros detentos presos durante a Operação Segor, e atualmente se encontra na Delegacia de Entorpecentes, no bairro Saci, em Teresina, aguardando o resultado da perícia técnica que deverá comprovar se é sua a voz registrada nos grampos telefônicos.

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