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Estrangeiros querem produzir queijo com leite de jumenta no Nordeste

Um grupo de investidores estrangeiros pretendem produzir, no interior do Rio Grande do Norte, queijo à base de leite de jumenta. A ideia é dar uma finalidade ao grande número de jumentos na região Oeste, produzir o queijo, do tipo Pule, e vende-lo para o mercado europeu ao preço de R$ 3 mil o quilo.

O local escolhido para a criação dos animais foi o município de Felipe Guerra. Uma empresa potiguar comprou uma área de 475 hectares para a instalação do projeto.

Para associação protetora dos animais, uso das jumentas na produção de leite pode solucionar problema do abandono de animais (Foto: Odacy Amorim/ Arquivo pessoal)

Segundo representantes da prefeitura local, os investidores querem que os municípios da região, que já fazem o trabalho de captura dos jumentos, se responsabilizem pela entrega dos bichos.

A partir daí a empresa trata os jumentos e realiza o processo de ordenha e produção do queijo.

É necessário 25 litros de leite para produzir apenas um quilo do queijo

O queijo Pule é branco, quebradiço, tem sabor salgado e intenso. O principal motivo de ser tão especial e ter um valor alto é porque as jumentas não produzem muito leite e precisam ser ordenhadas a mão três vezes por dia.

O leite de jumenta tem 1% de gordura e só pode ser bebido fresco, porque muitos de seus nutrientes se perde na fervura. Sua concentração de vitamina C, por exemplo é 60 vezes maior do que a do leite de vaca.

A ideia já foi levada ao Governo do Estado, através do secretário de Agricultura Guilherme Saldanha, que declarou total apoio à abertura da nova atividade econômica.

A utilização dos jumentos para a produção queijo é vista como uma saída para a superpopulação da espécie na região Oeste. Em 2013, o promotor de Justiça Silvio Brito tentou usar a carne do animal como alimento para seres humanos, mas o projeto não foi aceito pela população.

Fonte: Mossoró Hoje

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