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Ex-funcionário de fórum e mais dois são presos por estelionato em Valença

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Clésio Cavalcante Gonçalves, conhecido como “Neném do Lava Lato”, Jean Gomes Lélis e Lísia Maria de Oliveira Pinto foram presos suspeitos de aplicar vários golpes nas cidades de Valença (210 km de Teresina) e Floriano (244 km de Teresina). De acordo com o delegado adjunto de Valença, Maycon Braga, as prisões dos homens ocorreram na última quinta-feira (24). Jean é ex-funcionário dos juizados das duas cidades.

De acordo com a polícia, o trio atuava havia vários meses no Sul do Piauí, falsificando documentos, selos de cartórios e assinaturas de juízes de comarcas do interior do Piauí, como de Valença e Floriano. O objetivo era realizar saques de quantias oriundas de alvarás judiciais.

Valença do Piauí - Foto: Arquivo
Valença do Piauí – Foto: Arquivo

“Eles foram descobertos porque a mulher que foi fazer um saque em Valença levantou suspeitas. Um funcionário do banco percebeu que ela estava nervosa, não sabia informar se tinha ou não conta na agência e ainda a foto do documento era muito diferente da fisionomia dela”, informou.

Presa em flagrante há cerca de um mês, a mulher colaborou com as investigações e informou a identidade dos outros dois envolvidos. O ex-funcionário dos fóruns de Valença e Floriano atuava diretamente na falsificação dos documentos e o terceiro homem preso intermediava o contato com os “laranjas” que realizavam os saques. As prisões temporárias dos dois foram pedidas pelo delegado Maycon.

A juíza Keylla Ranyere Lopes Teixeira Procópio, da comarca de Valença, teve sua assinatura falsificada pelo grupo na ação que foi descoberta. De acordo com o delegado, algumas das fraudes foram bem sucedidas apenas em Floriano, mas as quantias sacadas não foram ainda informadas.

A estimativa é de que o grupo teria aplicado cerca de 12 golpes com valores entre R$ 10 mil e R$ 20 mil. Não há confirmação de que os outros dois presos, além de Jean, tenham envolvimento também nos crimes de Floriano.

A participação de um advogado, que daria apoio ao grupo, ainda está sendo investigada. “Nós ainda estamos procurando saber se tem mais gente e um deles seria um susposto advogado, mas por enquanto são apenas suspeitas, a polícia está investigando”, declarou.

O ex-funcionário do Fórum havia sido transferido para Floriano quando o juiz de Valença foi recambiado para o município. Este magistrado demitiu o homem em janeiro deste ano quando descobriu a participação dele em outros esquemas fraudulentos.

O trio permanece preso na delegacia de Valença. Os três foram indiciados por falsificação de documentos, falsidade ideológica, estelionato e associação criminosa.

Cidade Verde

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