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Famílias pagam carro-pipa e racionam água na região de Picos

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[ad#336×280]A Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetag) informou que está havendo racionamento de água nas cisternas nos municípios do Semiárido. Segundo a secretária estadual de Defesa Civil, Simone Pereira, 211 municípios decretaram estado de emergência, sendo que 201 deles foram reconhecidos pelo Ministério da Integração Nacional. A operação pipa garantia abastecimento de água em 94 deles, mas, agora, sem chuvas, há 127 municípios sem abastecimento d´água. Agora, as famílias estão custeando o próprio abastecimento, pagando em média R$ 120,00 por uma carga de água de um ca-minhão pipa. Os trabalhadores não estão mais banhando para racionar a água.

“Não tem chuva, não tem água de superfície e nem recursos para carros pipas. Nosso medo é a qualquer momento termos conhecimento de casos de mortes.”, reclamou Simone Pereira, dizendo que o oficio com o pedido de recursos para o restabelecimento do programa de carros pipas está nas mãos do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

O início da contratação dos carros-pipa depende apenas de publicação de portaria do Ministério da Integração Nacional no Diário Oficial da União
O início da contratação dos carros-pipa depende apenas de publicação de portaria do Ministério da Integração Nacional no Diário Oficial da União

“Estive em Brasília e me informaram é que existem recursos, mas só pode liberar com autorização da presidente Dilma Rousseff”, lamentou a secretária de Defesa Civil. Ela garante que não existe nenhuma pendência administrativa para barrar a liberação dos recursos para o Estado.

Simone Pereira ainda comentou que a falta de água está levando as famílias nos municípios que ficam no Semiárido ao desespero. A Fetag informou que em alguns municípios, para não morrer de sede, as famílias estão pagando até R$ 120,00 por carregamento de água de um caminhão pipa, que abastece as cisternas.

A presidente da Fetag, Elisângela Maria dos Santos Moura, confirmou que os trabalhadores rurais estão tendo que comprar água a preço que varia de R$ 50,00 a R$ 120,00, vai depender da distância do ponto de captação de água.

Segundo Elisângela Moura, os trabalhadores têm que optar por não tomar banho para economizar na água. “Moradores estão fazendo racionamento de água nas cisternas. Nem banham mais para economizar a água que está cada dia mais escassa.”

A presidente da Fetag informou que 200 litros de água é suficiente para uma família de quatro pessoas por uma semana. “Estamos cobrando providências urgentes do governo, para que evite as mortes de animais e de pessoas no Estado. A situação está cada dia pior.”, afirmou Elisângela Moura.

Diário do Povo

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