

As paredes de barro e madeira caídas e os fios espalhados entre cacos de telha revelam a humildade da casa em que Francisco Ederson da Silva, 21, vivia ao lado da esposa e das filhas, a mais velha com dois anos, a mais nova, um bebê de dois meses.
A casa de taipa com apenas quatro cômodos abrigava a família há cerca de um ano e meio, desde que Francisco Ederson a comprou pelo valor de R$ 700. Uma quantia modesta que para eles significava a garantia da casa própria.
A tranqüilidade em que viviam, porém, teve fim na última terça-feira (1º) após um incêndio que destruiu boa parte da residência. O dono de casa conta que todos dormiam quando, por volta das 10h30 foram acordados pelo barulho de uma explosão. As chamas já tinham se espalhado e consumiam boa parte da cozinha. “Eu acordei minha esposa e tirei as minhas filhas de casa. Os vizinhos vieram e aí ajudaram a apagar o fogo, mas já tinha destruído muita coisa”, explica.

Sem condições de reconstruir a casa e sem um lugar para ficar, a família está vivendo provisoriamente na casa da mãe de Francisco Ederson. Trabalhando como gari e ganhando apenas um salário mínimo, ele afirma não ter condições de reconstruir a casa.
A origem do incêndio teria sido uma vela colocada sobre o fogão em decorrência da falta de energia elétrica. Um gato teria derrubado a vela e dado início às chamas.
Solidariedade
A Associação de Moradores do Bairro Morada do Sol (AMBMS) está organizando um mutirão e recebendo doações de materiais de construção, roupas e quantias em dinheiro para ajudar na reconstrução da moradia da família.
“Estamos tentando conseguir materiais para construir dois cômodos e um banheiro digno. Vamos fazer um mutirão no próximo final de semana para dar início a essa construção, já temos mil e quinhentos tijolos, mas ainda falta areia, cimento e dinheiro para pagar o pedreiro”, informa Fábio Charles, presidente da AMBMS.
“A gente tá numa situação dessas, mas a preocupação não é com a gente, é com as crianças. Se acontecer alguma coisa com as crianças a gente não vai se perdoar nunca, então, se alguém puder me ajudar, eu faço esse apelo”, diz o pai de família.
Quem se interessar em ajudar pode entrar em contato pelo telefone (89) 9971-5053, ou procurar a sede da Associação de Moradores do Bairro Morada do Sol, localizada na Avenida Francisca Trindade, ao lado CRAS.


