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Galeria rompe e provoca destruição no Paroquial

Os mais atingidos foram os moradores de áreas de riscos, como no bairro Paroquial, que culparam a administração municipal pela falta de uma política de prevenção a desastres naturais.

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As fortes chuvas que caíram em Picos nesta terça-feira, 4 de dezembro, deixaram um rastro de destruição em vários pontos da cidade. Os mais atingidos foram os moradores de áreas de riscos, como no bairro Paroquial, que culparam a administração municipal pela falta de uma política de prevenção a desastres naturais.

Desde maio deste ano que os do bairro Paroquial cobram do prefeito, Padre José Walmir de Lima (PT), a recuperação da galeria que fica situada no alto do morro, por onde escoam as águas oriundas da parte de cima. Porém, o serviço começou há cerca de doze dias e era feito a passos lentos.

Segundo os moradores, com as primeiras chuvas desse ano a galeria começou a ceder e, na madrugada desta terça-feira, 4, desabou cerca de 20 metros, provocando o deslizamento de terra e a inundação de várias casas.

Uma das casas mais atingidas pelo deslizamento de terra foi a do morador Manoel Patriota, que fica situada na rua Bahia III, próximo ao local onde a galeria se rompeu. A residência foi invadida por água e lama e corre sérios riscos caso a Prefeitura de Picos não tome as providências imediatamente e recupere a parte da galeria que quebrou.

O jovem Genilson, cuja família reside há mais de três décadas no bairro Paroquial, disse que faz dez anos que os moradores cobram da gestão municipal a reforma da galeria que fica na parte alta, na rua Bahia III. No entanto, segundo ele, essa reivindicação nunca foi atendida, e todo ano a comunidade sofre as consequências com a chegada das chuvas.

“Todo período de inverno, de chuvas intensas, as famílias das ruas Bahia I, II e III são prejudicadas em razão da precariedade da galeria, porque, na realidade, a administração pública nunca ouviu as nossas reivindicações, os nossos pedidos. Sabemos que período de inverno não é o momento adequado para construção e eles resolveram mexer naquilo que já estava complicado e, com a chuva terminou foi arrebentando a galeria provocando esse caos” – denunciou Genilson.

Até mesmo a parte baixa do bairro Paroquial foi atingida pelo rompimento de parte da galeria responsável pelo escoamento das águas pluviais. No cruzamento das ruas Piauí e João XIII a lama toma toda a extensão da via, dificultando a passagem de pedestres e veículos.

Riscos de desabamento

Várias casas do bairro Paroquial foram atingidas pela enxurrada que desceu do alto do morro com o rompimento de parte da galeria. Muitas pessoas passaram a madrugada carregando os móveis para o lado de fora e tirando a lama de dentro de casa. Devido à situação da galeria a comunidade está temerosa, pois o risco de desabamento de algumas residências é visível.

 Até o início da tarde desta terça-feira, 4, quando a reportagem esteve no bairro Paroquial, a Prefeitura de Picos ainda não tinha tomado nenhuma providência. Nem mesmo a recuperação de parte da galeria que se rompeu havia começado.

Para piorar a situação, a Prefeitura de Picos está sem Coordenador Municipal da Defesa Civil desde o dia 10 de outubro, data em que o prefeito Padre Walmir exonerou Oliveiro Luz e não nomeou nenhum substituto para o cargo.

Fonte: José Maria Barros- Jornal de Picos/Fotos: José Maria Barros

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