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Geólogos explicam ocorrência de terremoto que atingiu a região de Teresina

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O tremor de terra sentido na manhã desta terça-feira (03), em São Luís, que também atingiu Teresina e região deixou moradores de diversas cidades assustados. O abalo sísmico foi resultado de um tremor de 4.6 na escala Richter registrado no município de Belagua,  a 113 km de São Luís. Os tremores foram sentidos em pontos da região Itaqui-Bacanga, Calhau, Ponta do Farol, Renascença, Centro e outras localidades.

O professor de Geologia do Departamento de Geociências da Universidade Federal do Maranhão, Marcelino Silva Farias, explicou, em entrevista, que este é um evento raríssimo, mas que pode voltar a acontecer.

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“O Maranhão está distante do epicentro do terremoto, que está no Chile”, diz o especialista. “No entanto, mesmo assim conseguimos sentir os efeitos de um abalo císmico deste porte, porque os tremores se espalham como ondas. As localidades próximas ao epicentro, ainda que pareçam distantes para nós, conseguem ser abaladas por ele”, explicou.

Para o professor de Geografia Física da Universidade Estadual do Maranhão, Luis Jorge Dias, o tremor sentido no Maranhão se explica, parcialmente, por ser um “tremor de acomodação”.

“As rochas ficam saturadas do peso que elas suportam, do solo para baixo, e isso faz com que as rochas se acomodem do solo até alguns quilômetros de profundidade. Isso é comum em áreas sedimentares, como é o caso da nossa”, aponta.

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Para Luis Jorge Dias, parte da nossa zona costeira maranhense, abrangendo a que vai de Alcântara ao município de Icatu, é recortado por uma falha geológica na faixa norte, inferida por geomagnetismo.  A profundidade da fenda permite que haja uma propagação mais intensa do abalo císmico nessa linha.

O professor de Geologia da UFMA, Marcelino Farias, não descarta a ocorrência de novos tremores. “É impossível prever. Mesmo em regiões com grandes centros, as previsões ocorrem com poucos minutos, segundos ou horas”, destaca Marcelino Farias.

O especialista salienta que a população precisa se manter calma. “Este é um evento raro e não quer dizer que o Maranhão irá viver um terremoto. São tremores esporádicos aos quais estamos sujeitos por estarmos próximos de lugares em que terremotos são mais frequentes”, finalizou.

Fonte M10

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