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Governo e professores tentarão novo acordo neste sábado (5)

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Reunidos por mais de quatro horas na Secretaria Estadual de Educação - Seduc - na tarde desta quinta-feira (3), representantes do Governo do Estado, sindicalistas e Ministério Público fizeram uma revisão na folha de pagamento e planilhas de custos do órgão para elaborar uma nova proposta de reajuste salarial para os professores. Os valores não foram definidos, mas o resultado dessa análise será apresentado ao governador Wilson Martins (PSB). A decisão final com o percentual de aumento, para o fim da greve que dura mais de dois emses, deve sair somente na segunda-feira. Participaram da reunião os secretários de Educação, Átila Lira, e Administração, Paulo Ivan da Silva Santos, além do crontrolador-geral do Estado, Antônio Filho, a promotora Leida Diniz e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí - Sinte-PI - e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação - CNTE. Ao longo da tarde, foi avaliada a revisão no reajuste. Os dados devem ser revistos e estudados novamente durante o fim de semana para consolidação da proposta. Pela manhã, em encontro no Palácio de Karnak, o governador Wilson Martins (PSB) apresentou proposta para que todos os recursos federais extras que chegarem do Fundo de Educação Básica - Fundeb - sejam repassados diretamente para o reajuste dos professores. O mesmo grupo que participou da reunião da Seduc deve acompanhar a liberação dos recursos a cada mês. A categoria cobra aumento linear de 22% para todas as classes, mas o Estado alega estar no limite do cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. O impacto na folha seria de R$ 19 milhões. O governador Wilson Martins tem viagem programada para municípios do Norte do Estado nesta sexta-feira, começando por Barras. Ele aguarda a consolidação da nova proposta por parte da comissão de gestores e sindicalistas que, chegando a um acordo, terão o reajuste salarial confirmado. Da Redação redacao@cidadeverde.com
Greve dos professores da rede estadual de Picos Foto : Maria Moura

A reunião da comissão de professores em greve com o governador Wilson Martins (PSB) foi adiada da noite desta sexta-feira (4) para a manhã de hoje (5), a partir de 9h. O encontro é esperado pela categoria para definição da proposta de reajuste salarial – os grevistas querem 22% de aumento para encerrar o movimento de mais de dois meses.

Revoltados, professores que integram a comissão de negociação protestou ao lado do Palácio de Karnak. Segundo eles, a assessoria da sede do governo informou que o governador não veio por conta do mal tempo. Ele passou o dia em viagem por municípios do Norte do Piauí e encerrou a maratona em Parnaíba. A promotora Leida Diniz, que representa o Ministério Público nas negociações, considerou o adiamento da reunião um desrespeito.

A Coordenadoria de Comunicação – CCom – informou ao Cidadeverde.com que a reunião já estava confirmada para 9h. Nesta sexta-feira, somente o secretário Átila Lira se encontra com Wilson Martins para saber qual proposta foi estudada para então se reunir com a comissão de greve.

Fazem parte da comissão o vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE -, Milton Canuto, e a secretária da entidade Marta Vanelli, que vieram de Brasília/DF, além da presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí – Sinte/PI -, Odeni de Jesus da Silva, o assessor jurídico do sindicato Geovane Machado e a sindicalista Lucine Vasconcelos. Eles acamparam no final da manhã e pediram quentinhas para o almoço no gabinete do secretário Átila Lira, até receberem do mesmo o telefonema confirmando a reunião com o governador.

A comissão que negocia o fim da greve dos professores da rede estadual ficou acampada na Secretaria de Educação – Seduc – por sete horas. Os sindicalistas exigiam uma reunião com o governador Wilson Martins (PSB), que estava em viagem por municípios do Norte do Piauí e chegou a Teresina à noite.

Reajuste de 22%

Milton Canuto confirma que a categoria quer o reajuste de 22% linear para todos os professores e a análise das planilhas da Seduc, feita desde ontem, apontou que o Piauí teria recebido, de 2011 até agora, R$ 104 milhões do Fundeb – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. Deste montante, R$ 21 milhões teriam sido depositados no último 30 de abril. Para a categoria, com tais recursos é viável aplicar o aumento para toda a categoria.

A greve estava prevista para o início do ano letivo, adiado para depois do Carnaval, no final de fevereiro. Desde então, as aulas estão suspensas. Para a Seduc, a greve perdeu força em boa parte do Estado, sendo mantida somente na capital e em Campo Maior. Ontem, em protestos ao lado da sede do governo, três manifestantes chegaram a serem presos acusados de desacato.

Yala Sena (flash direto da Secretaria de Educação)
Fábio Lima (da Redação)
[email protected]

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