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Mais aumento: Governo pede que Petrobras adie reajuste dos combustíveis

Os aumentos de 9% e 11%, respectivamente, teriam como objetivo reduzir a defasagem com relação ao mercado internacional, que já estaria na faixa de 17% a 18%.

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Representantes do governo federal se reuniram com a diretoria da Petrobras, na noite desta segunda-feira (13), para pedir o adiamento dos reajustes dos combustíveis. Segundo fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast, a estatal planejava elevar os preços da gasolina e diesel ainda nesta semana.

Os aumentos de 9% e 11%, respectivamente, teriam como objetivo reduzir a defasagem com relação ao mercado internacional, que já estaria na faixa de 17% a 18%. A diferença de preços praticados desincentiva a importação, já que “um importador não vai importar mais caro para vender mais barato aqui”, apontou Eberaldo Almeida, presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo e do Gás (IBP), na última sexta-feira (10).

No entanto, o governo teme que os reajustes anulem os esforços feitos para validar, no Senado e na Câmara, o projeto que limita o teto do ICMS ((Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em 17% sobre combustíveis, energia, telecomunicações e transportes. A medida foi aprovada nesta terça-feira (14), mas os parlamentares ainda devem analisar os destaques que alteram alguns pontos. Depois, é necessária a sanção de Jair Bolsonaro.

A redução do ICMS, apontada como uma forma de segurar a alta de preços, é defendida pelo presidente e seus apoiadores, já que os preços dos combustíveis impactam a popularidade de Bolsonaro em ano eleitoral. A diretoria da Petrobras teria recebido bem a proposta de adiar os reajustes, mas não deu certeza de que manterá os preços congelados. Também é possível que a estatal reduza o percentual de aumento.

Embora a pressão do governo sobre a Petrobras não seja ilegal, a lei diz que o acionista controlador pode responder por abuso de poder ao tomar decisões que prejudiquem a empresa, o que poderia acontecer caso a defasagem continue alta.

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