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MPF acusa Grupo João Santos, dono da fábrica de cimento em Fronteiras, por lavagem de dinheiro e organização criminosa

Imagem de arquivo mostra policiais federais na sede do Cimento Nassau, uma das empresas do Grupo João Santos — Foto: Reprodução/TV Globo

Imagem de arquivo mostra policiais federais na sede do Cimento Nassau, uma das empresas do Grupo João Santos — Foto: Reprodução/TV Globo

O Grupo João Santos, liderado pelos irmãos Fernando e José Bernardino dos Santos, tornou-se réu em um processo criminal após denúncias do Ministério Público Federal (MPF) de lavagem de dinheiro e organização criminosa. As acusações foram aceitas pela Justiça Federal, decorrentes da Operação Background, iniciada em 2021.

Conforme aponta o MPF, o grupo, atuando em setores como celulose, agronegócio, comunicação, logística e cimento, é acusado de movimentar recursos ilícitos entre as contas das empresas do conglomerado. Os réus também são suspeitos de utilizar empresas paralelas para ocultar origens ilícitas de valores e transferir patrimônios para entidades com menores passivos tributários e trabalhistas.

O Grupo João Santos acumulou dívidas trabalhistas de R$ 60,5 milhões, além de débitos tributários bilionários. Em 2023, foi realizado um acordo para regularizar quase R$ 11 bilhões em dívidas, incluindo R$ 270 milhões do FGTS.

SAIBA MAIS SOBRE A FÁBRICA DE CIMENTO DE FRONTEIRAS

O MPF identificou a lavagem de dinheiro como prática comum no grupo, com transações em “contas de passagem”. A operação envolveu buscas e apreensões, além de quebra de sigilo fiscal e bancário em diversos estados.

O Grupo João Santos, proprietário da fábrica de cimento Nassau em Fronteiras, entrou em recuperação judicial em dezembro de 2022 devido a problemas financeiros e investigações por desvio de dinheiro. A dívida do grupo ultrapassa R$ 13 bilhões. Recentemente, a operadora de crédito Quadra anunciou um investimento de R$ 1,5 bilhão para financiar a recuperação, possibilitando a reativação da fábrica de cimentos Nassau.

RESUMO DA NOTÍCIA

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