Hospital Regional de Picos faz retenção de macas de ambulâncias municipais
Gestores de saúde relatam retenção de macas em Hospital Justino Luz, afetando atendimentos municipais.
O Hospital Regional Justino Luz, em Picos, tem enfrentado desafios relacionados à retenção de macas de ambulâncias municipais, uma prática que tem impactado o atendimento aos pacientes e a operacionalidade dos serviços de saúde na macrorregião de Picos. Gestores municipais de saúde confirmaram que o equipamento, essencial para o transporte de pacientes, tem sido retido na unidade por períodos prolongados, chegando a afetar a capacidade de resposta das ambulâncias a novas emergências.
Um dos gestores, que preferiu manter sua identidade em sigilo, compartilhou que há casos em que as ambulâncias precisaram retornar aos seus municípios de origem sem as macas, comprometendo a realização de outros atendimentos. “Já questionamos esta prática junto à Sesapi (Secretaria de Estado da Saúde do Piauí), pois é algo recorrente e que nos preocupa”, disse o gestor.
Outro secretário municipal de Saúde destacou que a retenção ocorre especialmente em momentos de alta demanda no hospital. “As macas podem ficar retidas por até cinco horas, o que acontece quando há muitos pacientes e a demanda é grande”, explicou.
Em resposta às preocupações levantadas, a direção do Hospital Justino Luz reconheceu a ocorrência dessa prática em dias de fluxo intenso de pacientes. A unidade hospitalar, contudo, já tomou medidas para mitigar o problema, adquirindo novas macas com o apoio da Sesapi. Além disso, a direção aponta para a inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) como uma solução definitiva para a questão, uma vez que a nova estrutura ampliará a capacidade de leitos disponíveis.
O Hospital Regional Justino Luz serve como referência para atendimentos de saúde para aproximadamente 42 municípios. Originalmente projetado como um hospital de campanha, tornou-se uma das principais unidades de saúde na região, oferecendo serviços de urgência e emergência. No entanto, o aumento populacional e problemas estruturais têm desafiado a capacidade da unidade de atender adequadamente a demanda crescente por atendimentos.
