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Lojas picoenses utilizam locutores para alavancar as vendas

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Quem trafega diariamente pelas ruas do Centro de Picos certamente já se deparou com pessoas anunciando produtos de lojas. A estratégia de divulgação é o que dá nome aos locutores varejistas que tem no microfone o principal instrumento de trabalho.

Em meio à vida frenética da população picoense, estes profissionais tem a missão de despertar o cliente que passa apressado, e muitas vezes distraído com a agitação urbana. É aí que cabe a criatividade, seja de acolhimento e aproximação com o futuro cliente, ou mesmo anunciando o bom produto que está há um custo baixo.  Nos últimos meses, a atividade de divulgação se popularizou no comércio de Picos, e muitos comerciantes têm recorrido aos locutores como forma de escapar da crise.

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Cristiano Nonato Júnior – Foto: Paula Monize

‘Um sonho de menino’ é assim que define Cristiano Nonato Júnior a sua profissão. Há mais de 13 anos trabalha com locução, e viu no comércio picoense uma forma de sobreviver financeiramente. Segundo ele, todos os dias é convidado para fazer a publicidade de lojas, uma estratégia de divulgação que caiu no gosto dos empresários.

 “É uma profissão que não é muito reconhecida, mas procuramos sempre dar o nosso melhor no trabalho, atrair clientes e alavancar as vendas. É um dom, desde os meus 14 anos trabalho com rádio e através da minha experiência fui chegando às lojas, começando e surgindo os trabalhos. Picos é um celeiro muito forte, tem uma economia potente e com certeza temos um campo vasto por aqui”, enfatizou o profissional.

Cristiano Nonato Júnior já trabalhou em São Paulo e na Bahia. Em 2010 chegou à Picos e devido seus pais serem piauienses fixou residência na ‘Capital do Mel’. O locutor não pensa mais em deixar a cidade. “Aqui é o meu lugar. Me sinto bem aqui e espero continuar fazendo o que mais gosto, trabalhando com pessoas e fazendo locução”, concluiu.

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A proprietária de uma loja de confecções e importados no Centro de Picos, Neuza Maria Cavalcante Sousa, foi um dos primeiros comerciantes a contratar locutores varejistas para fazer a divulgação dos produtos do seu estabelecimento.  Ela conta que a atividade começou tímida, mas que hoje é uma marca do negócio e tem surtido resultados positivos – aumento nas vendas.

“O retorno tem sido muito bom. Eu acho que com locutores em frente a minha loja ela fica mais lembrada. Quando as pessoas passam em frente, vem alguém fazendo a propaganda, anunciando o preço melhor, novidades, e isto desperta e faz com que os clientes entrem na loja. Além de ter um bom produto é necessário divulgar”, frisou.

Fiscalização

O fiscal da Secretaria de Meio Ambiente de Picos, Erismar Santiago de Carvalho, explica que para a respectiva atividade transcorrer de acordo com a lei é necessário que o equipamento de som esteja localizado no interior da loja. O som propagado não pode ultrapassar os 70 decibéis (valor máximo permitido).

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“O nosso trabalho é mais para fiscalizar e conscientizar a atividade que eles estejam desempenhando com o intuito de evitar abuso do som que eles estejam utilizando, como também evitar que eles perturbem os vizinhos ou quem esteja passando pela rua. É comum recebermos denúncias relacionadas, mas nos últimos dias não, porque os proprietários dos estabelecimentos e os locutores tem procurado respeitar o que temos advertido. Temos sempre batido na tecla no volume do som e que este esteja voltado para o interior da loja”, disse o fiscal.

FONTE: Jornal O Povo/ Paula Monize

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