[ad#336×280]O centro de Picos foi tomado por uma multidão na manhã deste sábado. A população compareceu em massa para acompanhar o desfile cívico e militar do Dia 7 de Setembro, data em que se comemora a Independência do Brasil, proclamada em 7 de setembro de 1822.
Com atraso de uma hora, o tradicional Desfile da Independência, que acontece paralelamente em diversas cidades do país, ocorreu de forma tranquila em Picos. A única exceção coube ao protesto trazido às ruas pelo Grito dos Excluídos, que este ano colocou em destaque as carências vividas pela juventude brasileira, com destaque para a participação dos jovens camponeses integrantes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), do Levante Popular da Juventude e da Pastoral da Juventude.
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Outro tema que ganhou destaque no ‘pelotão dos excluídos’ foi o aterro sanitário de Picos. Moradores das comunidades Valparaíso, Bugi dos Almondes e Morrinhos aproveitaram a oportunidade para protestar com faixas e cartazes.
Sem estar alheio às inquietações dos picoenses, o prefeito Kleber Eulálio destacou que o momento é de protestos em todo o país, não apenas em Picos. “Os excluídos, pelo menos no desfile, não foram excluídos. Eles foram incluídos também. Esse é um respeito ao Dia da Independência onde cada um tem o direito de se manifestar livremente”, disse Kleber, que chegou a sofrer vaias durante sua chegada ao palanque oficial das autoridades.
O secretário de Cultura, Esporte e Lazer (Secult), Júlio Rodrigues, avaliou de forma positiva a realização do desfile cívico e militar de Picos. “Tudo o que nós programamos e projetamos, cumprimos à risca. Até superou as nossas expectativas”, celebrou.
Para 2014, o secretário disse que sua pasta deve pensar em um desfile preparado para receber com mais comodidade o público, que esse ano foi estimado pela Polícia Militar em mais de 5 mil pessoas.
Mas apesar dos elogios de algumas autoridades, para Alveni Barros, diretora do campus da Universidade Federal do Piauí (UFPI) em Picos, o desfile de 7 de setembro vem se descaracterizando ao longo dos últimos anos. “O que a gente vê é uma grande propaganda oficial, e isso não é o que a gente espera do desfile do dia 7 de Setembro”, refletiu.
Alvenir Barros ainda acrescentou que é preciso repensar o Desfile da Independência e retomar os velhos tempos em que as escolas competiam, por exemplo, para ver quem desfilava de forma mais atrativa para o público.
O desfile cívico deste ano teve início com a passagem da Banda de Música da Prefeitura Municipal de Picos, seguida pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, depois grupos da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer; secretaria de Saúde; secretaria de Educação; escolas públicas estaduais regidas pela 9ª Gerência Regional de Educação (9ª GRE); Maçonaria; Escoteiros; Pastorais Sociais.
O desfile militar veio em seguida com militares do 3º Batalhão de Engenharia e Construção – 3º BEC, seguido por policiais militares do 4º Batalhão de Polícia Militar de Picos – 4º BPM.
O desfile motorizado contou com a participação de viaturas do Departamento Municipal de Trânsito (DMT); secretaria de Saúde; ônibus e veículos da secretaria de Educação (SEME); secretaria de Obras e Serviços Urbanos; 3º BEC; 4º BPM; Corpo de Bombeiros; e desfile de motoqueiros, com destaque para os mototaxistas filiados ao Sindicato dos Mototaxistas de Picos (SINDIMOTAPI), que exibiram os novos coletes da categoria.
O encerramento do evento foi marcado pela passagem da cavalaria.
