Por Maria Moura*
Amigos, quem lembra da reunião onde o trator amarelo apresentou o futuro prédio da nossa amada Uespi? Naquela época, a proposta era um terreno na Avenida Piauí, no mesmo local onde hoje funciona o DER (praticamente abandonado).
Não lembro a data, mas acho que isso já tem mais de ano. E nada mudou.
Nada muda quando o assunto é a Uespi. São as mesmas lutas, as mesmas bandeiras e as mesmas situações degradantes. Olho o rosto de quem entrou agora e me vejo refletida no semblante de cada calouro, gente que carrega os mesmos sonhos e expectativas que eu carregava há algum tempo. Confesso que dá um certo desespero ter certeza que eles vão ter que ser muito fortes se não quiserem desistir, ficar pelo caminho (ou seria correto afirmar que foram deixados pelo caminho?)
Mas o pior de tudo é a absoluta convicção de que a Uespi de Picos vai mesmo morrer às traças, abandonada pelo descaso público, porque a menina dos olhos que merece toda e qualquer atenção agora é outra. Nada contra o sonho do curso de medicina em Picos – nada mesmo – mas vamos concordar, querido governador, que há necessidades mais urgentes quando o assunto é o ensino superior desse estado. Agarre outras bandeiras.
Maria Moura é jornalista formada pela UESPI de Picos.
