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Mensageiro nas redes e ex-vascaíno, “irmão” de Rômulo exalta acolhimento

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Desde a divulgação do interesse do Flamengo em Rômulo pelo GloboEsporte.com em 6 de dezembro ao anúncio oficial (13 de janeiro), foram 38 dias de espera. A novela angustiou rubro-negros nas redes sociais até que apareceu o mensageiro da “nação”. Daniel Brito, “irmão de coração” do volante, passou a responder mensagens privadas no Instagram para diversos torcedores e os encheu de esperança. Afirmava a muitos que o acerto era questão de tempo.

Daniel, cuja amizade com Rômulo tem origem nos fortes laços entre os pais da dupla (Getúlio e José Williami respectivamente), acabou acolhido pela torcida diante de toda a predisposição em acalmá-los durante a negociação.

Daniel posa ao lado de Romulo, Jessika (esposa do volante), Nycolly e João Miguel (filhos do atleta) (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
Daniel posa ao lado de Romulo, Jessika (esposa do volante), Nycolly e João Miguel (filhos do atleta) (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Com a aceitação, reativou o Twitter, ferramenta que não utilizava desde 2013. Lá, seguidores descobriram seu time de infância: o arquirrival Vasco. E mais: um post comprometedor, no qual torcia pelo rebaixamento do Flamengo em 2010. Nem assim perdeu o apoio da “FlaTwitter”, a quem fez referência no Instagram após seu “irmão” ser anunciado pelo clube. A lábia de advogado o ajudou a minimizar o “contratempo”.

– Virei uma espécie de mensageiro. No Twitter, eu praticamente não tinha seguidores. Tinha usado em 2010, 2011, mas tinha largado. Vi que agora, duas semanas depois, estou com quase três mil seguidores. A torcida é realmente muito grande e meio que me abraçou. No Instagram, ganhei acho que uns 500 seguidores (risos).

Daniel postou em seu Instagram logo depois o anúncio oficial do Flamengo (Foto: Reprodução/Instagram)
Daniel postou em seu Instagram logo depois o anúncio oficial do Flamengo (Foto: Reprodução/Instagram)

– Fui indo, trazendo a torcida para perto e permitindo que abraçassem o Rômulo antes mesmo do anúncio oficial, mostrando o esforço dele em resolver e chegar logo. Estava o tempo todo em contato com agente e clubes para saber como as coisas estavam. Isso conquistou a torcida do Flamengo – conta Daniel.

Confira a conversa com o irmão de coração de Rômulo:

Daniel, muita gente acha que você é irmão do Rômulo, até porque nas redes sociais você se apresenta como tal. Até se parecem fisicamente, mas não são irmãos de sangue. Por que se tratam dessa forma?

Quando nos apresentamos como irmãos, e é assim que sempre fazemos, essa palavra ainda assim não é suficiente para traduzir ou expressar a força, a intensidade e a abrangência deste relacionamento. Nós somos irmãos, melhores amigos, melhor amigo da esposa dele, sou padrinho do João Miguel, filho do Rômulo. E legal é que a gente consegue, em paralelo, sem que cause problemas, levar um lado profissional.

Se me perguntam, se sou advogado ou empresário do Rômulo, acho que a expressão que melhor define seria dizer que sou na vida do Rômulo o ”Pai do Neymar dele”. Na questão financeira, social, marketing e, claro, na parte jurídica, onde posso colaborar bastante por conta da formação. Mas também em questões familiares. A convivência de muitos anos e o fato de morar junto acaba fazendo que a gente se pareça fisicamente. Mas, se olhar fotos antigas, não sei quem melhorou mais (risos).

Se conhecem desde quando?

Não tem uma data de início. Acho que foi uma coisa meio que herdada dos nossos pais biológicos. Tenho fotos dele há 30, 40 anos, já eram parceiros. Depois trabalharam juntos. A gente deu uma continuidade nesse aspecto.

Como foi essa interação com a torcida?

Me coloco no lugar do torcedor porque, afinal, sou torcedor. Sou apaixonado por futebol. Sei bem da ansiedade desta fase de negociação. Por ter essa sensibilidade e tendo visto que a torcida abraçou o nome do Romulo desde a fase da sondagem, me senti na obrigação de trazer para perto do negócio. Lógico que sem passar informações que pudessem comprometer a negociação. Mas mantendo esperanças ali, dizendo vai dar certo. Eu já sabia que o negócio aconteceria ou em janeiro ou no meio do ano. Tendo essa certeza, não estava alimentando falsas esperanças. Fui indo, trazendo a torcida para perto e permitindo que abraçassem o Romulo antes mesmo do anúncio oficial, mostrando o esforço dele em resolver e chegar logo. Estava o tempo todo em contato com agente e clubes para saber como as coisas estavam. Isso conquistou a torcida do Flamengo

Você foi muito exaltado nas redes por toda a interação com os torcedores. E aí descobriram que você secou o Flamengo em 2010. Você é (ou era) Vasco, né? Como conseguiu ser absolvido pela torcida rubro-negra?   

Na minha geração no Piauí, em Picos principalmente, ou você era vascaíno ou flamenguista. E eu era vascaíno na infância. E quando Rômulo chegou ao Vasco meio que me aproximou mais do Vasco. E rolou esse tweet secando. A rivalidade lá é muito forte. Foi cerca de 7 anos atrás, meio que secando o Flamengo. Mas expliquei para a torcida hoje. Falei que não apaguei rastros ou tentei esconder. No meu Instagram ainda há fotos antigas, provocando há quatro anos. Rômulo tem fotos com a camisa do Vasco. Acho que não é certo ir apagando rastros, apagando sua história.

O que foi dito, foi dito. Expliquei que, de coração, era um sentimento meu na época. De torcer contra. Mas hoje, com a mesma sinceridade que foi naquela época, hoje, de coração, a minha vontade é que o Flamengo ganhe títulos e conquiste o mundo. Expliquei que não é somente pelo Rômulo estar no Flamengo. A admiração vem com a convivência. A convivência que traz a oportunidade de você admirar e começar a gostar, conhecer funcionários, receber carinho na internet por exemplo, torcida abraçar. Faz que, espontaneamente, você passe a gostar do clube. Foi o que aconteceu.

Depois disso, você postou várias vezes no Twitter torcendo pelo Fla na Copinha. Virou a casaca rápido, hein…      

Quando me surpreendi estava assistindo jogo da Copinha. Para mim também foi surpresa. Eu já estava ansioso. Chuta, faz isso. Me comportando como torcedor de criança. Isso não é forçado. Quando percebi, estava assistindo o jogo sozinho. Já estava passando por essas emoções, já estava apreensivo. Porque desde outubro já tinha certeza que esse negócio ia dar certo. Você já muda o chip. Já acorda pensando em Flamengo, vendo notícias…A convivência vai te trazer para perto e, quando você percebe, está ali torcendo de uma maneira espontânea.

E já que você contou tanto do seu “irmão” pra torcida rubro-negra, entregue outras coisas, por favor. Rômulo tem ou tinha algum apelido na infância? O que ele gosta de fazer?

– Chamava de cabeção, cabeça de coração, cabeça… Apelidos genéricos. Porque tanto eu, quanto ele e muita gente na nossa terra tem essa característica física. Apelido no Rômulo é difícil pegar. Muito tranquilo, não se zanga até hoje. Apelido em quem não se estressa não pega. O Rômulo não gosta de videogame, não gosta de botão. Joga carta, dominó já enjoa. Gosta mesmo é de se divertir e passar o tempo com a esposa e os filhos. Seu grande hobby é o futebol profissional.

Fonte: Globoesporte.com 

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