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Morte de funcionária pública do Piauí completa 10 meses sem punição

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[ad#336×280]Após 10 meses do assassinato da agricultora e funcionária pública Francisca Iones, na cidade de Santo Antônio Lisboa,  os movimentos que representam as mulheres no estado ainda aguardam que a polícia aponte os responsáveis pelo crime.

A União das Mulheres Piauienses (UMP) está atenta aos casos mais graves de violência. A morte da agricultora chocou a população e os familiares, que ainda esperam uma resposta da Justiça.

“Fomos ao Ministério Público, Delegacia de Homicídios, conversamos com o Secretário de Segurança e até com o Governo do Estado, mas até agora este caso não foi julgado. O caso é tratado com deboche pelas próprias autoridades”, disse a coordenadora da UMP, Tânia Mendes.

Francisca Iones de Sousa-Foto: Arquivo familiar
Francisca Iones de Sousa-Foto: Arquivo familiar

A violência aconteceu não só contra Francisca Iones. Em 1999, a filha da agricultora, 12 apenas anos, foi estuprada no município de Santo Antônio Lisboa. Em entrevista, a mulher que preferiu não se identificar, revelou que teve que casar com o agressor e da união teve três filhos.

“Ele amolava um facão todos os dias e dizia que era para cortar o meu pescoço caso eu o denunciasse. Fazia isso na frente das crianças e a única punição que ele teve foi pagar pensão. Não teve medida protetiva e o juiz ainda decidiu que ele deveria ficar com a guarda do filho menor porque o magistrado achou que ele tinha mais afinidade com o pai”, disse a vítima.

A mulher fugiu do marido, mas a mãe dela Francisca Ione que era funcionária pública continuou morando no local. “No dia 22 de janeiro, fomos com ela a uma audiência na comarca da cidade de Francisco Santos, onde o processo corria, mas o juiz e promotor pediram vistas porque estavam pela primeira vez entrando no processo. Com uma semana depois, recebemos a notícia que a Iones tinha sido morta”, relatou a coordenadora da UMP.

A funcionária pública foi assassinada com dois tiros no escritório da Associação de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi) onde trabalhava. Desde março deste ano a investigação está sendo feita pela Delegacia de Homicídios.

O delegado Francisco Bareta, coordenador da Delegacia de Homicídios de Teresina, acredita que ainda este mês o inquérito deve ser concluído. “Temos só cautela para termos uma boa investigação. Queremos ter indícios robustos e necessários para incriminar uma pessoa ou mais indivíduos que cometeram aquele fato”, informou o delegado Bareta.

Fonte: G1

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