Municípios nordestinos passam pela pior seca dos últimos cem anos
Na região – que tem cerca de 23 milhões de habitantes –, dos 533 reservatórios monitorados pela Agência Nacional de Águas (ANA), 142 estão secos. Reservatórios que possuem capacidade de armazenamento de mais de 10 bilhões de litros de água estão operando com 16,3% da capacidade. Há cinco anos, esse porcentual era de 46,3%. Além disso, vários rios e açudes também secaram. Um grande número de pessoas, inclusive localizadas em Municípios de grande porte, só têm acesso à água fornecida por caminhões-pipa.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) vem alertando sobre os impactos decorrentes da seca nos Municípios brasileiros, especialmente na região Nordeste. Os dados foram destacados em matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira, 9 de janeiro. A entidade destaca que, em um período de três anos, entre 2012 e 2015, o Nordeste registrou prejuízos de R$ 104 bilhões com a seca, valor que representa 70% do total estimado para o país. A reportagem aponta que, apenas no Estado de Pernambuco, a perda pode chega a R$1,5 bilhão só na pecuária.
A matéria destaca que, segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), não era registrada seca tão severa para um período consecutivo desde o início da coleta dos dados, em 1910. No Estado do Ceará, os reservatórios têm apenas 7% da capacidade armazenada. Nos últimos cinco anos, choveu, em média, 516 milímetros no território, enquanto a média mínima é de 600 milímetros.
Agência CNM, com informações de O Estado de S.Paulo