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No Dia do Médico, urologista comenta relação do homem com a saúde

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Nesta terça-feira, 18 de outubro, é comemorado o Dia do Médico, profissão dedicada a salvar vidas. E para celebrar e homenagear estes profissionais que com zelo e dedicação cuidam do próximo, o Portal RiachaoNet entrevistou o urologista Vilson Bezerra. O assunto, a relação do homem no cuidado da saúde junto a este profissional da Saúde.

Ir ao médico e manter cuidados periódicos com a saúde ainda é um “tabu” para muitos homens. Ao longo do desenvolvimento das sociedades, o cuidado com a saúde e/ou a demonstração delas sempre foi associado como sinônimo de fraqueza para os homens. O urologista, Vilson Bezerra, explica que este comportamento desencadeou a resistência na procura do profissional médico, e assim muitas doenças deixaram de ser tratadas a tempo.

Vilson Bezerra, urologista - Foto: Reprodução

 “Não raramente, encontramos pacientes homens que somente procuram o médico já num estágio avançado da doença ou intimados à consulta trazidos, quase que obrigados, por suas esposas ou familiares. Isso reflete diretamente na qualidade e expectativa de vida. Para se ter uma ideia, segundo dados do IBGE de 2000 à 2030, a expectativa de vida média da mulher piauiense é de 74,9 anos; já a do homem é  de 66,6 anos; ou seja 8,3 anos menor. Isso se deve, entre outros motivos, ao estilo de vida e, sem dúvidas, ao maior cuidado que as mulheres, em geral, têm com a sua saúde”, enfatizou Vilson Bezerra

Uma situação preocupante e que tem tirado o sono de muitos homens é a alta incidência de câncer de próstata. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2013, no Brasil 13.772 homens vieram a óbito por causa deste tipo de câncer que é considerado o segundo mais comum no público masculino.

“O quadro é realmente alarmante. O INCA estima que para este ano haja o surgimento de 61.200 novos casos. Dai a imensa importância do tema. A recomendação mais atual é que homens com histórico na família do câncer de próstata, seja ela paterna ou materna, e pacientes afro-descendentes (raça negra) iniciem a investigação a partir dos 45 anos e, os demais, a partir dos 50 anos de idade”, frisou o urologista.

Investigação e tratamento

O urologista Vilson Bezerra destaca que a investigação básica do câncer de próstata consiste na avaliação clínica, realizada por um médico especialista na área [o urologista] além do exame físico através do toque retal e avaliação laboratorial.

Em caso de suspeita apontada nos exames, é solicitada a biópsia da próstata para confirmar ou excluir o diagnóstico de câncer.

“Uma vez realizado o diagnóstico, a depender do estágio da doença, os tratamentos variam desde: acompanhamento, cirurgia, radioterapia, hormonioterapia e quimioterapia.  Quando descoberto precocemente, as taxas de cura são muito boas. Até o momento, nenhuma medida preventiva, como mudança no estilo de vida ou ingesta de determinadas substâncias têm comprovação científica e, portanto, não podem ser recomendadas para esta finalidade. O diagnóstico em fase inicial, portanto, ainda é a principal medida para o combate ao câncer de próstata”, disse.

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