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No sertão do PI, energia solar bombeia água do subsolo para irrigar plantação

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[ad#336×280]O sol escaldante que faz evaporar a água, secar a terra e a vegetação em Oeiras, no Centro Sul piauiense, é o mesmo que move uma bomba que puxa o precioso líquido do subsolo para irrigar uma plantação de frutas e legumes. O projeto “Sol e Água no Sertão”, que existe há dois anos, instalou 10 placas de captação de energia solar na Comunidade Exu e transformou a localidade em um pequeno oásis no meio do sertão.

A iniciativa é Instituto Piauí Solar (IPS), instituição não governamental sem fins lucrativos que incentiva o uso de energias renováveis para o desenvolvimento da realidade local de cada comunidade. Em Exu, cerca de mil metros de canos em sistema de gotejamento irrigam uma área onde estão plantados pés de banana, melancia macaxeira e outras culturas.

Placas fotovoltaicas na comunidade Exu, no sertão do Piauí, em Oeiras (Foto: Albemerc Moraes/Arquivo pessoal)
Placas fotovoltaicas na comunidade Exu, no sertão do Piauí, em Oeiras (Foto: Albemerc Moraes/Arquivo pessoal)

“É uma potencialidade muito grande você aproveitar a energia solar e á agua no subsolo, coisas que temos em abundância, para unir as duas coisas e possibilitar o acesso à água ao pequeno produtor  para produzir diversas culturas em um região semi-árida”, afirmou Albemerc Morais, diretor do IPS.

Área plantada em Oeiras (Foto: Albemerc Moraes/ Arquivo pessoal)
Área plantada em Oeiras (Foto: Albemerc Moraes/
Arquivo pessoal)

O projeto foi desenvolvido com apoio do Laboratório de Sistemas Fotovoltaicos da Universidade Estadual de São Paulo (USP) e instituições locais (CEFAS, FUNDED e SEMA) e faz parte da pesquisa de doutorado de Albemerc que trata do acesso à água em regiões semiárida através de sistemas fotovoltaicos de bombeamento.

“O diferencial desse projeto, único no Piauí, é a utilização de um dispositivo nacional para acoplar os painéis fotovoltaicos a uma motobomba nacional trifásica, barateando o sistema e facilitando a manutenção e troca de equipamentos”, contou.

Albermerc conta que o instituto surgiu para ajudar os produtores rurais a entender os benefícios que a eletricidade pode proporcionar. Aliado a isso, existe a falta de disponibilidade de energia em muitas regiões. Desta forma, a energia fotovoltaica apresenta-se como uma alternativa promissora.

“Assim, quando o pequeno agricultor possui um poço/fonte de água distante da sua residência, a eletrificação pública não contempla a extensão da rede até a fonte de água. Nesse casos, a energia solar fotovoltaica é comprovadamente viável e  possui um grade potencial para fortalecer a agricultura familiar”, afirmou.

Apesar de todo o poetencial, diz Albemerc, faltam programas governamentais que incentivem o seu uso da energia solar, bem como linhas de créditos ao pequeno produtor, mão de obra capacitada, dentre outras questões.

Fonte: G1 PI

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