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Obituário da Folha de SP homenageia Leonardo: “Costurava retalhos de couro para transformar em bola”

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O jornal Folha de São Paulo, em sua edição impressa (publicada à meia noite no seu site oficial) deste sábado (12/03) publicou na seção Obituário um texto assinado por Fernanda Pereira Neves em homenagem ao ex-jogador piauiense Leonardo Pereira da Silva.

Leonardo fez sucesso pelo Picos até ganhar fama nacional atuando pelo Sport-PE, de onde foi para o Vasco, Palmeiras, Corinthians, Cruzeiro etc. Segundo o texto, Leonardo trabalhava com os irmãos costurando retalhos para transformar em bola quando criança. No texto a informação de que ele ainda não havia se aposentado, pois gostaria de ter um jogo de despedida pelo Sport.

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Leia na íntegra:

Desde pequeno, Leonardo Pereira da Silva já tinha familiaridade com a bola de futebol, mas ainda não era com os pés. No interior do Piauí, o garoto e os irmãos ajudavam o pai, que era sapateiro, a costurar retalhos de couro e transformá­los em bolas.

Mais novo em uma família de seis irmãos, Leonardo trocou na adolescência a habilidade com as mãos para os pés e começou a ficar conhecido na pequena cidade de Picos pelo seu talento nos campos de futebol. Foi contratado pelo time local, mas logo foi procurado pelo Sport, do Recife.

Acompanhado do pai, o garoto, então com 17 anos, começou sua carreira profissional. Passou por Vasco, Corinthians, Palmeiras, Cruzeiro, entre outros. Mas foi no Sport que Leonardo se consagrou. Foi o terceiro maior artilheiro do clube e treinava hoje suas categorias de base.

Quando não estava trabalhando, gostava de ficar em casa. “Ele adorava comer, comia o tempo todo, e assistia televisão”, brinca a filha Pâmela. Apesar de sério, Leonardo gostava de conversas e sempre lembrava de suas histórias da época de jogador.

Voltava ao Piauí frequentemente, mas apenas para visitas à família. Apaixonou­se pelo Recife, cidade que acabou adotando e onde vivia atualmente.

Apesar de não estar mais jogando, não se considerava aposentado do futebol e pretendia fazer, em breve, um jogo de despedida –não tinha data, mas sabiacom certeza que seria pelo Sport.

Morreu no dia 1º, aos 41 anos, em decorrência de uma neurocisticercose. Deixa a mulher, a mãe, duas filhas, cinco irmãos e muitos amigos.

Folha

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