Personalidades Picoenses: Conheça a história de Oneide Rocha, a mulher
Por: Edielson Teixeira Mota com colaboração de João Pedro Nunes
No quinto episódio da serie Personalidades Picoenses, iremos conhecer a História de Oneide Rocha, uma mulher forte, batalhadora e dedicada, sempre ligada aos movimentos sociais e da igreja e que busca deixar bem claro o seu amor por Picos.
Ativa, inteligente e atuante nos processos de democratização da cidade, Oneide Rocha desde a infância demonstrou o interesse em mudar para melhor uma sociedade onde as mulheres e os mais necessitados não tinham voz e nem vez. Sua fé e religião sempre estiveram presentes em todos os momentos da sua vida. Desde seus primeiros passos sua vida sempre esteve ligada à fé cristã.
Natural de Picos, filha de Ulisses e Amélia Fialho, Oneide relembra que como toda criança gostava de brincar “brinquei aqui, brincava na Praça, no paredão da Félix Pacheco e no morro que hoje é a Aerolândia.
“Eu gostava de estudar” … “Comecei a ser Professora muito cedo” ….
Oneide sempre gostou de estudar. Para ela ler sempre foi um atrativo, gosto esse que teve influência de seu pai que sempre estava atento às notícias da revista Cruzeiro, da qual era assinante.
Estudou no Instituto Monsenhor Hipólito, no Colégio Marcos Parente e concluiu os estudos no Colégio Santa Teresinha de Jesus. No Crato, Ceará, se formou como Professora e posteriormente cursou Pedagogia na Universidade Federal do Piauí e Mestrado em Serviço Social.
Lecionou muito cedo. Com apenas 19 anos, Oneide entrava na sala de aula pela primeira vez como professora, algo que ela sempre almejava. Com os anos de experiência, tornou-se Coordenadora Pedagógica e foi Educadora Popular no movimento de educação de base.
Um dos seus maiores influenciadores pedagógicos é Paulo Freire, contribui para seus posicionamentos educacionais. Durante a entrevista ela sempre fazia citações do autor para complementar seu pensamento.
Começa a lecionar no Ensino Superior, ao mesmo tempo que participava dos movimentos políticos, posteriormente no ano de 2003 o Governador do Piauí convidou-a para ser Reitoria Pro-tempore da Universidade Estadual do Piauí.
“De toda a minha vida profissional e política, a melhor dádiva foi ser professora e educadora de todos os níveis escolares”, pontuou Oneide.
Veja abaixo vídeo sobre Oneide Rocha
Movimentos Sociais e Políticos …
“De toda a minha vida profissional e política, a melhor dádiva foi ser professora e educadora de todos os níveis escolares”, lembrou Oneide.
Oneide Rocha sempre foi e continua sendo militante dos direitos básicos humanos. Atuou no movimento educacional de base em conjunto com pessoas carentes do interior de Picos, movimentos este ligado diretamente a Igreja. Ela nos conta que teve um momento em sua vida que enxergou nos partidos políticos a possibilidade de serem usados como instrumento de luta pela transformação da sociedade, tanto pelas lutas por educação, como de saúde e segurança.
Filiada ao Partido dos Trabalhadores, conta que foi convidada para ser candidata a prefeita de Picos. Depois de 106 anos de emancipação, Picos teve a primeira mulher tentando ocupar um cargo que por anos era ocupado por homens. Oneide fala que nesse período ela evoluiu em vários aspectos. Obteve 7.450 votos, ocupando o 2° lugar.
Doze anos mais tarde, se candidatou a Deputada Estadual, ocupando a 1° suplência. Persistente e determinada, em 2000 ela tenta outra vez ocupar o cargo de Prefeita em Picos, sempre procurando fazer uma campanha bonita, criativa, educativa, pé no chão e livre de corrupção. Ela obteve 11.950 votos, ocupando, outra vez, o 2° lugar na disputa. Concorreu a suplência de Senadora em 2002, em 2004 outra vez a Prefeitura e em 2008 Candidata a Vereadora.
“Eu costumo dizer que nós não perdemos, nós estávamos no processo da vitória. Ser candidata como Cristã, é procurar agir dentro da sociedade para provar que é possível fazer uma política cidadã”, destacou.
“ Gostava muito da Igreja desde pequena” ….
Filha de pais católicos e fazendo parte de uma família cristã, Oneide desde pequena esteve ligada a Igreja e durante toda a sua vida participou de grupos e movimentos. Em Picos, ela cita que participou de Grupo de Jovens, do Conselho de Cristandade e posteriormente começou a participar das Comunidades Eclesiais de Base. Participou também de um grupo chamado Justiça e não Violência.
Como leiga, participa do Conselho do Laicato do Brasil da Diocese de Picos, da Comissão Diocesana, da Comissão Diocesana, da Coordenação do Sínodo Diocesano, da Equipe de Coordenação de Formação Diocesana, do Conselho Pastoral e faz parte da Equipe de Formação da Catedral de Picos.