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Piauienses migram para São Paulo em busca de vida melhor

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Todo ano centenas de nordestinos se deslocam para o Sudeste do Brasil em busca de trabalho e melhores condições de vida, devido às dificuldades que enfrentam em sua terra natal. O destino mais comum é São Paulo, onde vivem mais de 144 mil piauienses segundo dados do IBGE de 2010. Estes migrantes veem no novo Estado, uma possibilidade de viver com dignidade.

No entanto, o sonho torna-se ‘pesadelo’, pois a grande maioria destes retirantes que fogem da seca que já castiga o sertanejo há mais de três anos, ao chegarem em São Paulo enfrentam a dura realidade do trabalho pesado, carregadores e descarregadores de cargas. Muitas vezes puxando “carrinhos” na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo –  CEAGESP. Outro agravante é a exposição a longas jornadas de trabalho.

Piauienses ganham a vida em São Paulo como carregadores - Foto; Reprodução
Piauienses ganham a vida em São Paulo como carregadores – Foto; Reprodução

Para o vice-presidente do Sindicato dos carregadores de São Paulo, Mário Marcos, que esteve em visita à cidade de São João da Canabrava em janeiro deste ano, muitas são as dificuldades que estes carregadores enfrentam diariamente no seu ofício. “O pessoal sai daqui do Piauí em busca de uma vida melhor, e quando chegam lá as coisas não são muitos diferentes daqui não. Sol, chuva, sábado está no cabo do carrinho, estes carregadores não tem feriado e nem descanso, e ganham apenas R$10 ou R$12”, disse Mário Marcos.

Devido a renda obtida neste trabalho serem baixas, os carregadores passam mais de 10h carregando e descarregando produtos, para que ao final do mês a sobrevivência da família seja garantida.

Um novo começo

Apesar do trabalho de carregador ser desvalorizado pela sociedade, muitos piauienses tem conseguido mudar de vida. “É uma alegria estar nestas cidades como em São João da Canabrava, onde as pessoas que saem daqui e trabalham como carregadores conseguem retornar a cidade com progressos, montando empreendimentos comerciais e realmente mudam de vida”, comemora o vice-presidente.

Além disso, a saudade da terra natal motiva milhares de piauienses a retornarem para suas cidades, como o caso de Antonio Moura, 45 anos, que veio morar em Picos após mais de doze anos trabalhando em São Paulo.

“Hoje posso dizer que me sinto realizado, pois estou melhor do que era antes financeiramente, e estou perto da minha família, e isto não tem preço”, ressalta Antonio Moura.

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