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Picoense passa por 16 cirurgias e alerta sobre perigo entre álcool e trânsito

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[ad#336×280]Quem entra em uma das enfermarias da Clínica Ortopédica do Hospital Getúlio Vargas (HGV) e vê o jeito alegre e descontraído do agente de saúde Fernando Barbosa da Silva, 41 anos, da cidade de Picos, nem imagina o drama pelo qual ele passou. No dia 4 de abril de 2010, Fernando sofreu um grave acidente de trânsito que o obrigou, em quase três anos e meio de tratamento, a passar por 13 cirurgias ortopédicas, entre alta e média complexidade, além de três plásticas corretivas.

No acidente, Fernando fraturou a tíbia, as duas pernas – sendo que a esquerda teve que ser amputada – e perdeu cerca de 40% da panturrilha da perna direita. Teve, ainda, várias escoriações pelo corpo e quebrou alguns dentes. Após o acidente, ele foi trazido para a capital e internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Depois, foi transferido para o HGV, onde, na primeira internação, chegou a  ficar 182 dias hospitalizado por causa do grave quadro de saúde em que se encontrava.

Fernando Barbosa
Fernando Barbosa

Recuperando-se da última cirurgia, Fernando conta que o acidente aconteceu às 4h da madrugada de um domingo, quando saiu pilotando sua moto para pegar o filho de um irmão. Durante o percurso, acabou dormindo e batendo na lateral de um caminhão, que trafegava no sentido contrário. “Dormi devido ao fato de ter ingerido bebida alcoólica e o acidente não foi fatal porque o motorista do caminhão conseguiu evitar o choque frontal”, acrescenta.

O paciente chama a atenção para o perigo de se ingerir bebida alcoólica e depois encarar o trânsito. “Eu andei de moto por 23 anos e nunca tinha me acidentado, tenho experiência. Por isso, eu digo que quem for ingerir bebida alcoólica jamais deve dirigir um carro e, principalmente, nunca pilotar uma motocicleta, pois o que eu passei não desejo a ninguém”, alerta.

Prestes a receber alta, o agente de saúde faz questão de agradecer aos médicos do Serviço de Ortopedia do HGV, Durval Leal e Ricardo Valença, além do cirurgião plástico Edson Vale. “Agradeço, primeiramente, a Deus, e depois aos médicos e enfermeiros, enfim, a toda a equipe que sempre me recebeu tão bem e colaborou para que eu tivesse uma boa recuperação. Que Deus abençoe e ilumine a vida de cada um deles”, disse.

Segundo o diretor-geral do HGV, Carlos Iglézias Brandão, os acidentes de trânsito continuam a ser um dos principais motivos de entrada de pacientes no Serviço de Ortopedia do Hospital, sobretudo, aqueles envolvendo motociclistas, que são cada vez mais comuns e graves. “Infelizmente, os acidentes com motos, quase sempre, deixam sequelas graves, como  lesões da medula espinhal, fraturas expostas, traumatismos cranianos, amputações e fraturas múltiplas. E, por causa da gravidade da maioria dos casos,  as vítimas, geralmente, necessitam passar por mais de um procedimento cirúrgico”, explica o diretor.

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