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Picoenses reclamam da greve dos bancários

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Banco do Brasil.
Bancários de braços cruzados em frente ao Banco do Brasil. Foto: Jailson Dias

Há catorze dias em greve, os bancários de Picos ainda não dão sinais de que pretendem voltar às suas atividades regulares tão cedo. Enquanto isso, a população busca meios alternativos para atividades rotineiras que dependem do funcionamento das agências bancárias.

Pedro Antonio, 55, aposentado, reclama da dificuldade para pagar boletos com valor expressivo. “As casas lotéricas têm limite de pagamento, vou atrasar minhas contas por causa de uma greve que não considera as necessidades do cidadão”, reclama.

Mas se a dificuldade de alguns é o limite de pagamento, há ainda aqueles que não sabem utilizar os caixas eletrônicos para sacar benefícios da previdência social, como pensão e aposentadoria. Com medo de pedir ajuda a pessoas na fila, por questões de segurança, a pensionista Ana Silva prefere esperar até que a greve termine para finalmente receber seu benefício. “Eu não tenho quem venha comigo pegar o dinheiro, tenho que esperar pela ajuda dos funcionários do banco”, lamenta.

Ana ressalta que entende o direito que os bancários têm de grevar. Para ela, o injusto é que a população pague o preço da disputa entre patrões e funcionários.

Saiba o que fazer com as contas durante greve dos bancários

Nas casas lotéricas e postos de pagamento de contas, as filas multiplicam-se. Os caixas eletrônicos espalhados em pontos comerciais da cidade não conseguem atender a demanda de pagamentos, saques, transferências e depósitos feitos diariamente. O atendimento virtual das agências, uma das soluções apontadas pra quem quer driblar a greve, não é acessível a toda a população.

Os bancários se defendem da revolta da população afirmando que as reivindicações da categoria são necessárias e buscam principalmente um melhor atendimento aos clientes.

Em Picos, 90 % das agências bancárias estão em greve desde o dia 27 de setembro. Nacionalmente, a greve completa nesta terça-feira (11) quinze dias e, de acordo com informações da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), já somam quase nove mil o número de agências fechadas em todo o país.

Entre as pautas do movimento, destacam-se reajuste salarial, cumprimento da jornada de seis horas, participação nos lucros e resultados dos bancos, fim das metas consideradas abusivas e mais segurança nas agências. Até o momento não houve nenhuma indicação de acordo entre o movimento grevista e os bancos.

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