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Picos: Aldo Gil diz que Saúde castrará cachorros para diminuir proliferação dos animais nas ruas

Um tema que tem sido frequentemente debatido nas esquinas e que chegou à Câmara de Vereadores de Picos é a quantidade de cachorros e cadelas soltos nas ruas da cidade, sendo, muitos deles, agressivos, e que têm causado transtornos à população.

Os animais, que geralmente andam em bando, além de promoverem ataques aos transeuntes, ainda emanam riscos à saúde humana tais como a raiva e a leishmaniose. Para esta última não há nem campanha de tratamento ofertada pelo Sistema Único de Saúde.

Secretário de Saúde de Picos, Aldo Gil – Foto: Romário Mendes

O Secretário Municipal de Saúde de Picos, Aldo Gil, informou que a única opção viável, neste momento, é a castração dos animais de sexo masculino com a finalidade de reduzir a proliferação dos cachorros nas ruas, visto que não há recursos para alocá-los em lugar específico.

“Nós tentamos de várias maneiras resolver esse problema, mas confesso que é um pouco complicado. O custo para fazer uma estrutura para a retirada desses animais da rua é muito alto e o município não tem condições de custear isso sem que venha uma emenda específica para esse programa. O que chegou-se a um denominador comum, após várias reuniões que fizemos com ONGs, com a Câmara, com o corpo técnico da Secretaria de Saúde e com a Zoonoses, é darmos início à castração dos animais de rua que sejam machos”, disse.

Imagem: reprodução

Aldo Gil disse que a ação terá começo no bairro Paraibinha, onde há um grande número de animais pelas ruas, e seguirá para as demais comunidades. Segundo ele, a castração não resolverá o problema de animais nas ruas, mas conterá, a curto e longo prazo, a proliferação destes. Ele frisou ainda que a ação é continuada e permanente, até que haja recursos para criar um local onde esses animais possam ser abrigados.

“Para podermos tirar os animais das rua a gente esbarra na questão jurídica. Existem várias leis de proteção aos animais. Não que a gente vá maltratar os animais, mas a gente tem que ter uma estrutura mínima para acolher esses animais em algum centro de contenção deles. Fora isso há o custo de manutenção desse abrigo. Sabemos que a ração desses animais é cara. Hoje, criar um animal é muito caro e o problema de Picos é muito grande também. Não são só 100 animais. Estimamos que sejam entra 5 a 10 mil cachorros soltos pelo município”, destacou.

Imagem: reprodução

O secretário de Saúde informou que foi encontrado um local o qual foi analisado para alocar os cachorros, mas que ele não se adequou às leis de proteção aos animais.

“Chegamos a analisar um local. Temos uma área como se fosse um sítio, todo cercado, com mais de um hectare, onde tem poço, galpão, mas as leis, quando fomos estudá-las, vimos que faltava muita coisa no local. Então tem que fazer uma adequação muito grande e onerosa para o município e, no momento, não temos condições para tal por conta da situação financeira”, pontuou.

Secretário de Saúde, Aldo Gil – Foto: Romário Mendes

A proposta de castração aos machos é pelo fato de que, após a cirurgia, não precisam ficar em observação, diferentemente das fêmeas. O secretário mostrou ainda preocupação pelo surto de leishmaniose que há na cidade.

“Sei que esses animais nas ruas oferecem riscos. Há a questão das doenças como a leishmaniose, a raiva… E até isso é complicado porque o Ministério da Saúde só disponibiliza vacina contra a raiva. Contra leishmaniose não existe campanha de tratamento e está tendo um surto aqui em Picos. No Belo Norte há uma epidemia de leishmaniose. É uma questão muito maior do que o município, pois envolve todo o SUS. Demandaria uma atenção especial não só do município, mas dos parlamentares”, frisou.

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