
Na tarde desta sexta-feira (03), Picos perdeu um de seus maiores ícones, José de Aquino Dantas, conhecido carinhosamente como Zé do Alho, aos 83 anos. Um homem simples, mas com uma trajetória marcante, ele foi reconhecido por sua dedicação ao trabalho e pelo carisma que conquistou gerações na cidade.
Natural de Picos, Zé do Alho começou sua jornada de trabalho aos 10 anos de idade, plantando e vendendo alho ao lado de seu pai. Foi essa atividade que lhe rendeu o apelido pelo qual ficou conhecido e que o acompanharia ao longo da vida. Com o esforço do comércio de alho, ele conseguiu formar seus filhos e adquirir a casa onde morou até seus últimos dias.
Apesar de ter iniciado sua trajetória no comércio de alho, Zé do Alho se tornou um dos pioneiros na produção de sorvetes em Picos, ramo no qual atuou por mais de 50 anos. Sua sorveteria no centro da cidade se tornou um ponto de encontro e uma referência para a comunidade local. No local, além de oferecer seus produtos, ele fazia questão de conversar com os clientes, criando laços que iam além do comercial.
Homem de visão e simplicidade, Zé era um exemplo de empreendedorismo enraizado em valores familiares e comunitários. Ele costumava dizer que tudo o que tinha na vida devia primeiro a Deus, ao pai e, por fim, ao alho – que o sustentou nos primeiros passos de sua jornada.
A notícia de sua morte causou grande comoção em Picos, onde ele era mais do que um empresário – era um símbolo de determinação, humildade e alegria. Amigos, familiares e moradores da cidade têm prestado homenagens, relembrando as histórias e a influência de Zé do Alho em suas vidas.
Zé do Alho deixa não apenas um legado de trabalho, mas também o exemplo de uma vida pautada pela simplicidade e pelo compromisso com a comunidade. Seu nome permanecerá na memória de Picos como um ícone local que transformou esforço e dedicação em um legado duradouro.
Aos familiares e amigos, ficam os mais sinceros votos de pesar. Picos perde um grande homem, mas seu legado continuará a inspirar futuras gerações.