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Piso dos professores passa a ser R$ 2,1 mil em 2016

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O piso salarial dos professores terá reajuste de 11,36%, anunciou nesta quinta-feira (14) o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Com isso, o valor passa de R$ R$ 1.917,78, em 2015, para R$ 2.135,64, em 2016. O índice representa um aumento real de 0,69%, considerando a inflação oficial de 10,67%. O Ministério da Educação (MEC) havia recebido dos estados e municípios pedido de adiamento do reajuste para agosto e que o índice fosse 7,41%. Ao anunciar o valor hoje, Mercadante ressaltou que a pasta apenas cumpre a lei vigente, mas defendeu que os municípios devem “dialogar” com sindicato, se não tiverem condição de pagar.

Reunidos por mais de quatro horas na Secretaria Estadual de Educação - Seduc - na tarde desta quinta-feira (3), representantes do Governo do Estado, sindicalistas e Ministério Público fizeram uma revisão na folha de pagamento e planilhas de custos do órgão para elaborar uma nova proposta de reajuste salarial para os professores. Os valores não foram definidos, mas o resultado dessa análise será apresentado ao governador Wilson Martins (PSB). A decisão final com o percentual de aumento, para o fim da greve que dura mais de dois emses, deve sair somente na segunda-feira. Participaram da reunião os secretários de Educação, Átila Lira, e Administração, Paulo Ivan da Silva Santos, além do crontrolador-geral do Estado, Antônio Filho, a promotora Leida Diniz e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí - Sinte-PI - e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação - CNTE. Ao longo da tarde, foi avaliada a revisão no reajuste. Os dados devem ser revistos e estudados novamente durante o fim de semana para consolidação da proposta. Pela manhã, em encontro no Palácio de Karnak, o governador Wilson Martins (PSB) apresentou proposta para que todos os recursos federais extras que chegarem do Fundo de Educação Básica - Fundeb - sejam repassados diretamente para o reajuste dos professores. O mesmo grupo que participou da reunião da Seduc deve acompanhar a liberação dos recursos a cada mês. A categoria cobra aumento linear de 22% para todas as classes, mas o Estado alega estar no limite do cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. O impacto na folha seria de R$ 19 milhões. O governador Wilson Martins tem viagem programada para municípios do Norte do Estado nesta sexta-feira, começando por Barras. Ele aguarda a consolidação da nova proposta por parte da comissão de gestores e sindicalistas que, chegando a um acordo, terão o reajuste salarial confirmado. Da Redação redacao@cidadeverde.com
Greve dos professores da rede estadual de Picos Foto : Maria Moura

“Muitos estados e municípios têm uma situação mais sensível, o que a gente pede é que haja disposição de diálogo, de busca de negociação entre sindicatos e governos, para que seja pactuado –  onde não há condições –, com transparência, uma política de pagamento do piso que seja compatível [com a situação local]”, disse Mercadante. Pela lei, o piso vale a partir de janeiro, mas o ministro destacou que isso pode ser negociado entre trabalhadores e governos.

Lei do Piso

O piso salarial dos docentes é reajustado anualmente, seguindo a Lei 11.738/2008, a Lei do Piso, que vincula o aumento à variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O piso é pago a profissionais em início de carreira, com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais. Pela lei, os demais níveis da carreira não recebem necessariamente o mesmo aumento. Isso é negociado em cada ente federativo.

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