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“Polícia está sendo arbitrária”, diz advogado de preso no caso Emídio

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[ad#336×280]O advogado de defesa de Valter Ricardo da Silva, um dos suspeitos de envolvimento na morte do ex-vereador Emídio Reis, disse que foi impedido de conversar com o seu cliente. Segundo ele, a polícia está sendo arbitrária.

Valter Ricardo foi preso na quarta-feira (10) no município de Capitão Poço, no estado do Pará. Ele é sexto suspeito de ter participado da execução do ex-vereador de São Julião e chegou à sede do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) em Teresina nesta sexta-feira (12).

“Fui contratado pela irmã do Valter, mas os delegados da Greco impediram que eu tivesse acesso ao preso. Eles alegam que o suspeito não tem condições de contratar advogado, mas mostrei à polícia uma procuração mostrando que fui contratado pela família dele”, questionou o advogado Elias Cipriano.

Advogado de defesa dos suspeitos presos,  Elias Cipriano (Foto: Gil Oliveira/ G1
Advogado de defesa dos suspeitos presos,
Elias Cipriano (Foto: Gil Oliveira/ G1

Para Elias, o depoimento prestado por Valter Ricardo não terá validade. “Vamos denunciar este caso para a OAB e mostrar a arbitrariedade da polícia. Também pediremos junto à Justiça a anulação do depoimento do Valter, porque a polícia negou a presença do seu advogado. O depoimento será anulado”, afirmou advogado.

O advogado de Valter Ricardo é o mesmo que defende o vice-prefeito de São Julião, Francimar Pereira, que também está preso sob a suspeita de ter encomendado o crime.

“Vice-prefeito é inocente”

Advogado Elias Cipriano contesta arbitrariedade)
Advogado Elias Cipriano contesta arbitrariedade
da polícia na sede do Greco (Foto: Gil Oliveira/ G1)

Para Elias Cristiano o seu cliente é inocente. O advogado pediu a soltura de Francimar Pereira, outro preso suspeito de ter participação no crime. “O vice-prefeito não tem nenhuma participação nesta morte. Não existem provas que liguem o político ao crime. Já entramos com um pedido de habeas corpus”, informou Cristiano.

Segundo a polícia, há uma organização criminosa na cidade de São Julião, localizado na região Sul do Piauí e que esta seria comandada pelo atual vice-prefeito, Francimar Pereira, preso sob a suspeita de ser o autor intelectual da execução de Emídio Reis. Uma das provas da polícia são dois cheques que teriam sido utilizados para pagar o crime de pistolagem.

De acordo com o delegado geral James Guerra, os cheques foram dados por Francimar para o encanador Joaquim Pereira Neto, o “Joaquim do Gabriel”, preso por ordem da Justiça. Os dois cheques, um de R$ 5 mil e outro de R$ 10 mil, são de um empresário que é cunhado do vice-prefeito.

Advogado contesta provas
Sobre a possível prova contra o vice-prefeito, o advogado Elias Cipriano, afirma que o cheque foi pego por Francimar Pereira apenas para sanar uma dívida. “Essas supostas provas e os depoimentos do Valter Ricardo e Antônio Sebastião, serão anulados na Justiça porque não foram feitas com a presença do advogado de defesa dos presos”, ressalta Cipriano.

Fonte: G1 Piauí

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