[ad#336×280]Os moradores da região de Val Paraíso, Morrinhos e Bugi dos Almondes realizaram na nesta quarta-feira (28) mais uma manifestação contra a instalação do aterro sanitário de Picos na região.
Ainda nas primeiras horas da manhã, a entrada do Fórum Governador Helvídio Nunes de Barros foi cercada por manifestantes que portavam faixas e cartazes pedindo do poder público uma solução para o problema.
Eles reclamam que o aterro sanitário instalado a cerca de três quilômetros do povoado Val Paraíso está funcionando nos moldes de um lixão. E cobram da Justiça medidas imediatas, como a intervenção da área até que a questão seja decidida por vias legais.
Uma comissão formada por representantes das comunidades citadas foi eleita para iniciar um diálogo com o poder público. O promotor Marcelo Monteiro iniciou as falas com a comunidade acompanhado pelo juiz titular da 1ª Vara da Comarca de Picos, Adelmar Martins, e também do bispo diocesano de Picos, dom Plínio José, e dos vereadores José Rinaldo Cabral, o Rinaldinho (PSB), Wellington Dantas (PT), e da vereadora Fátima Sá (PSDB).
O secretário de Governo da administração do prefeito Kleber Eulálio, Tiago Saunders Martins, chegou logo em seguida acompanhado pelo secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Gláuber Silva.
Em virtude da indefinição acerca do debate, a comissão decidiu realizar uma nova inspeção no aterro sanitário. O promotor e os demais participantes da reunião visitaram as instalações do aterro acompanhados por moradores das comunidades envolvidas na questão.
À tarde, uma nova reunião com a comunidade aconteceu. Dessa vez os ânimos estiveram exaltados. De um lado, as comunidades que pedem que o aterro não seja instalado nas redondezas do povoado Val Paraíso; do outro, empresários e representantes do bairro Altamira, que desejam que o lixão que antes funcionava no local seja completamente desativado.
Ampliando a questão
A presidente do Partido Verde no estado do Piauí e vereadora da cidade de Teresina, Tereza Britto, veio à cidade de Picos exclusivamente acompanhar de perto as discussões sobre a polêmica em torno do aterro sanitário, e afirmou que o problema de Picos deve ser referência para as discussões sobre o destino dos resíduos sólidos em todo o Piauí.
“Levanta-se a questão de que os municípios tem que fazer o Plano Diretor de Resíduos Sólidos e dar a destinação correta para esses resíduos, sejam em consórcio com outras cidades, seja de forma individual”, afirmou.