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Prefeito Zé Neci diz que existia acordo para dividir cargo em São Julião

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[ad#336×280]O prefeito de São Julião (PI), Francisco José de Sousa, o Zé Neci (PT), disse que o município em menos de 30 dias foi do céu ao inferno. Da visita da presidente Dilma Rousseff (PT) a adutora Piaus I, no dia 18 de janeiro, ao assassinato do ex-vereador Emídio Reis (PMDB), no dia 31 do mesmo mês. O gestor negou ter conhecimento da trama para matar seu adversário nas eleições de 2012, mas admite que havia acordo para deixar o cargo para o vice José Francimar Pereira, preso pela Polícia Civil por suposto envolvimento no crime.

“Existem esses acordos não só em São Julião. Desde 1960 quando São Julião foi fundado que já existia esse acordo. É cultural. O afastamento poderia ser através de licença como foi feito no mandato passado entre Dr. Carlos e Francimar que foi por licença. Era uma coisa natural. Em São Julião todo mundo sabe disso. Se vota sabendo. Não é enganado. Não é venda de mandato como foi dito. É acordo político”, disse Zé Neci ao Cidadeverde.com e TV Cidade Verde, confirmando que pediria licença do cargo futuramente.

José Neci, prefeito reeleito de São Julião
José Neci, prefeito reeleito de São Julião – Foto: Cidadeverde.com

As investigações apontam que o motivo da morte de Emídio Reis seria uma ação judicial movida por ele para cassar o mandato da chapa vencedora nas eleições de 2012. Com o acordo, José Francimar Pereira não teria como cumprir o mandato de prefeito após a saída de Zé Neci, o que o motivaria a encomendar a morte do ex-vereador, assassinado com dois tiros na cabeça em um matagal.

Na entrevista completa, que será exibida no Notícia da Manhã, da TV Cidade Verde, a partir de 7h desta terça-feira (19), Zé Neci nega qualquer envolvimento ou ciência da trama para matar o ex-vereador. “Desafio qualquer pessoa a apresentar provas de que eu sabia da trama para matar Emídio Reis”, garante o prefeito, afirmando ter ficado chocado ao saber do crime, assim como todos em São Julião.

Relação de amizade
O prefeito reafirmou que tinha boa relação com o ex-vereador assassinado. “Ele (Emídio Reis foi secretário de Saúde do nosso mandato passado. Sempre foi meu amigo. Ele foi candidato em 1996 a prefeito e eu a vereador. Nós mantínhamos uma amizade, dele estar na minha casa, de conhecer meus filhos, de comer, de dormir. E não existe briga entre José Neci e Emídio Reis, o que existia era uma divergência política”.

“Quero dizer da minha certeza e convicção de que não tenho participação nisso. Acordo político existia, eu não vou negar,” acrescenta Zé Neci, que declarou não ter sofrido ameaças depois do crime.

Drama pessoal
O prefeito afirmou ter vivido nesta segunda-feira (18) um dos piores dias de sua vida por conta de boatos de que saberia da trama. Ele afirmou existirem muitas informações “mirabolantes” sobre o caso.

Zé Neci conta que já prestou depoimento para a Polícia Civil por duas vezes, sem advogado. “Aqui todo mundo me conhece. Estou com a minha consciência tranquila. Eu não tenho nada a esconder.”

Outro boato negado por Zé Neci é de que seu grupo político teria oferecido R$ 1 milhão para desistir da ação. Segundo o prefeito, até onde o mesmo sabe, ninguém no seu grupo político teria esse valor.

O prefeito afirmou ter sofrido três pedidos de cassação como vereador e prefeito. Ele atribui as suspeitas a uma ação para tentar denegrir sua imagem políticamente.

Fonte: Cidade Verde

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