Ícone do site PORTAL RIACHAONET – O Portal de notícias da macrorregião de Picos

Presidente da OAB do Piauí critica erros da polícia civil na operação ”Segor”

Sigifroi Moreno – Foto: Arquivo/Riachaonet

O presidente da Ordem dos Advogados do Piauí, Sigifroi Moreno, em entrevista ao programa Notícia da Manhã, da TV Cidade Verde, falou sobre os erros registrados na operação “Segor”, realizada pela Polícia Civil na cidade de Picos. O advogado também falou sobre a investigação de juízes piauienses.

O advogado afirmou que é necessário que sejam feitas operações, mas que não podem acontecer erros, como no caso do fotógrafo Joel Marques, que foi preso após a polícia ouvir conversas, através de escutas, que seriam do fotógrafo com traficantes de drogas. O problema é que o celular que tinha escuta, teria sido roubado há mais de um ano, segundo o fotógrafo, que na época não fez um BO.

“Precisam descobrir se a voz é ou não do fotógrafo. É um erro flagrante, que não se dá só nesse caso. Teve um advogado que também teve sua casa invadida indevidamente e quando a polícia percebeu que estava no local errado, ela recuou. O trabalho é necessário, mas é preciso que seja feito sem erros”, disse Sigifroi Moreno.

O advogado ainda falou que as vítimas podem pedir uma indenização do Estado pelo erro. “Eles têm à disposição os instrumentos jurídicos ou judiciais para tentar reparar os danos que foram perpetrados contra as pessoas deles e das suas famílias. A via legal seria pedir uma reparação de danos contra o Estado, que seria uma indenização para reparar o dano sofrido por ele e seus familiares. Não queremos desacreditar no trabalho da polícia, ele precisa ser feito, mas com rigor, erros dessa natureza são inadmissíveis”, afirmou Sigifroi Moreno.

Investigação contra juízes

O Piauí está liderando o número de juízes que são investigados que acabam sendo afastados e se aposentando compulsoriamente, sem julgamento. O advogado Sigifroi pediu mais rigor nesses casos. “No seio administrativo, alguns magistrados já foram julgados e aposentados compulsoriamente. Receberam no seio administrativo a maior pena que é prevista em lei. Ocorre que em algum desses casos, além da infração administrativa, eles cometem um crime. O magistrado que é aposentado por ter recebido dinheiro ou solicitado dinheiro, ele cometeu um crime de corrupção passiva, então solicitamos do Ministério Público uma atenção especial a esses casos e que eles sejam denunciados. Queremos que continue a fiscalizar, até porque a lei é para todos”, finalizou Sigifroi Moreno.

Sair da versão mobile